Quarta-feira, 3 de julho de 2013 - 11h55
O prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, junto aos secretários municipais de Planejamento (Sempla), Jorge Elarrat; de Obras (Semob), Gilson Nazif; de Projetos e Obras Especiais (Sempre), Amélia Afonso; reuniu-se com técnicos da Sempre e do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), na última semana, com o objetivo de acompanhar a exposição sobre os resultados do estudo realizado sobre algumas das bacias urbanas do município.
Também foram apresentadas propostas para solucionar alagações que recorrentemente vêm afetando essas áreas ao longo de muitos anos. “Queremos iniciar obras de pavimentação na Zona Sul, mas não queremos fazer como aconteceu no passado, muitas vezes, em que serviços de asfaltamento foram realizados sobre terrenos alagadiços. Não pensamos em obras efêmeras e de pouca duração, por isso, em parceria com o Sipam, realizamos estudos para diagnosticar áreas sujeitas a alagações. Tendo por base formas eficazes de drenagem e escoamentos, poderemos realizar uma pavimentação muito mais duradoura”, explicou a secretária da Sempre.
O trabalho da Sempre nesses estudos, conforme explicou Amélia Afonso, foi realizado com o levantamento topográfico das áreas, com os quais foi possível mapear as quedas d’águas e os níveis dos terrenos. Por parte do Sipam, esclareceu Ana Cristina Strava, coordenadora operacional do Sipam de Porto Velho, foi agregada ao estudo a visão técnica da engenharia hidrológica a fim de se compreender os motivos das vasões em canais e igarapés.
Além disso, por parte desse órgão federal, também foi realizado o levantamento sistemático de todos os cruzamentos entre vias e drenagens naturais, chamados de macrodrenagens, que são os igarapés urbanos. A partir dos cruzamentos, muitas vezes, os bueiros que estão nesses espaços subdimensionam as passagens e isso acarreta alagações em períodos de chuvas. “Com a intenção de subsidiar o planejamento urbano, estamos apoiando a prefeitura no sentido de identificar quais pontos estão subdimensionados, para que antes da pavimentação seja feita a adequação do diâmetro dos bueiros”, informou Strava.
Bolsistas
Para a realização dos estudos, que deverão ser totalmente concluídos em dezoito meses, contou-se com financiamento do Ministério das Cidades e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), com o qual foram contratados por meio de chamada pública cinco bolsistas, sendo um meteorologista, um engenheiro civil, dois geógrafos e um engenheiro florestal, todos eles profissionais radicados em Porto Velho. Por parte do Ministério das Cidades, a principal motivação que fez desencadear os estudos é a de buscar conhecer bem a situação das áreas que recebem investimentos relacionados ao programa Minha Casa Minha Vida. Para a prefeitura, além dessa motivação em comum, está também o interesse de poder utilizar esses levantamentos e proposições para outras áreas que deverão receber serviços de pavimentação no futuro. “Estamos justamente atuando com as bacias que passam pelas áreas onde existem investimentos do Ministério das Cidades, mas essa é uma parceria entre o Governo Federal e a Prefeitura que tem tudo para dar certo, pois poderemos estender grande parte dos conhecimentos obtidos para muitas outras ações na cidade ”, afirmou Amélia Afonso.
Os resultados do estudo da área do Igarapé Bate-Estacas, que é uma das sub-bacias urbanas, demonstrou diversos pontos em que a prefeitura deverá proceder apenas ações de limpezas, em outras partes o trabalho deverá ser a de trocar a bitola de bueiros, enquanto que para outras situações o trabalho de drenagem deverá levar a grandes obras de mudanças em partes extensas de terrenos, pelos quais imensos obstáculos que formam barreiras que impedem a drenagem natural deverão ser suprimidos.
Urbanização
Portanto, os procedimentos mostraram-se muito variados e obras pontuais deverão ser realizadas em conformidade a problemas específicos que foram levantados no estudo. “Já realizamos estudos sobre o Igarapé Grande e agora terminamos esse do Bate-Estacas.
Com a incumbência de observar todas as áreas onde existem empreendimentos do programa Minha Casa Minha Vida, em seguida, faremos estudos sobre o igarapé Tancredo Neves. Não faremos um estudo geral de todas as áreas da cidade. A região do Centro, por exemplo, está de fora porque já é uma área consolidada, estamos realizando esses estudos para áreas que ainda estão em fase de urbanização. A ideia é antecipar-se, principalmente, nos locais em que ainda não possuem grande contingente populacional.
O rio vai voltar a subir nas áreas de várzea, de modo que temos que avançar com rapidez nos trabalhos de medição. Estamos promovendo, dessa forma, um serviço de prevenção, mas, principalmente, estamos trabalhando em prol de correções e transformações das realidades que hoje vemos”, destacou Strava.
“O Sipam, em parceria com a prefeitura, está realizando esse importante estudo, que deverá transformar os serviços de pavimentação em nosso município. Com a metodologia empregada, estamos vendo os macroproblemas de drenagem existentes, onde ocorrem as alagações, porque elas acontecem, quais bueiros entupidos, que problemas temos com pouco declive, ocasionado por causa de uma topografia inadequada aos tipos de obras que já foram feitos, quais as tubulação que são muito estreitas para o volume de água que deve suportar enfim, estamos agora podendo ter uma visibilidade geral quanto aos nossos problemas e podemos projetar as mudanças como muito mais clareza, pois a prefeitura passa a trabalhar em cima de um diagnóstico. Basta de serviços aleatórios e pouco duradouros, agora podemos apresentar projetos realmente viáveis para a nossa cidade”, afirmou o prefeito.
Fonte: Renato Menghi
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