Terça-feira, 17 de março de 2009 - 15h21
Paula Laboissière
Agência Brasil
Brasília - Até 31 de dezembro do ano passado, o setor frigorífico acumulava créditos de cerca de R$ 600 milhões de PIS/Cofins, o que prejudica o capital de giro das empresas, informou hoje (17) a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Hoje há, provavlemente, um pouco mais, alertou o presidente da Abiec, Roberto Gianetti. Segundo ele, a liberação desse dinheiro já ajudaria os frigoríficos a enfrentar a crise.
Para ele, o aumento no ritmo de investimentos e de produção dos frigóríficos acabou por deixá-los vulneráveis à crise. Gianetti lembrou que o financiamento por parte dos bancos, que antes era de 180 dias, passou a ser de 30 dias e que o curto virou curtíssimo.
Durante audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, ele avaliou que a atual situação de crédito tributário se tornou um verdadeiro pesadelo e que, caso não seja resolvido, vai reduzir ainda mais o coeficiente de exportação brasileiro e injetar mais carne no mercado interno.
A exportação é hoje uma variável necessária, não é mais uma opção. O BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] está aberto a todos, não há distinção de pequena, média ou grande empresa.
De acordo com a Abiec, um total de 21 emrpesas associadas possuem dívidas com bancos e pecuaristas, além de dívidas tributárias. Gianetti não soube precisar o valor do montante, mas garantiu ser superior a R$ 700 milhões.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, determinou o fortalecimento das ações de fiscalização ambiental no estado, intensificando a Operação Hileia.
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