Quarta-feira, 10 de outubro de 2007 - 06h43
O chefe-geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Agroenergia), Frederico Ozanan Machado Durães, reiterou ontem, em Brasília, durante abertura da segunda edição na Conferência Internacional dos Biocombustíveis (Enerbio), que o projeto de biodiesel do Brasil apenas se consolidará nos próximos cinco a 10 anos. Até lá, a oferta de biodiesel estará dependente da soja, por ser uma commodity com produção estabilizada na agricultura.
"Embora outras oleaginosas tenham um teor de óleo muito superior, elas ainda precisam de pesquisa e de oferta em escala, o que não existe neste momento", disse.
Para Durães, o fato de as regras dos próximos leilões de biodiesel priorizarem a venda do produto da agricultura familiar, que tenham o "selo social" deve ser visto como uma maneira de o governo incentivar os pequenos produtores, criando uma demanda cativa para sua produção. Ele acredita, contudo, que será o mercado que ajustará esta oferta e, muito provavelmente, será o biodiesel de soja que será utilizado na entrada em vigor da obrigatoriedade da mistura de 2% de biodiesel ao diesel mineral, a partir de janeiro de 2008.
Segundo Durães, 85% do biodiesel que estão sendo produzidos hoje no Brasil têm a soja como matéria-prima. "Vamos precisar deste produto para dar início ao projeto, mas será um risco nos apoiarmos apenas nesta commodity durante muito tempo", avaliou. Ele explicou que, para que um outro produto possa ser incorporado à produção de biodiesel de forma segura, existe a necessidade de um mapeamento de seu sistema de produção, além de um zoneamento agroclimático e, principalmente, a obtenção de uma infra-estrutura para a produção de sementes.
"Sem a produção de sementes garantida, não se pode prometer uma produção constante para atender à demanda que está sendo criada", disse. Durães afirmou que, apesar de o Brasil ter uma agenda pública para os biocombustíveis, presente no Plano Nacional do Agronegócio 2006-2011, ainda falta foco para o projeto.
"Os objetivos têm de ser claros e definidos e isto não está acontecendo no momento", lamentou. O chefe da Embrapa ressaltou não dá para ver o programa apenas pelo lado econômico, nem apenas pelo lado social ou pelo lado tecnológico. "Tem de haver uma interação entre estes aspectos e não serem projetos estanques, isolados."
gestão territorial. Durães disse que o projeto de biodiesel brasileiro apenas terá resultado se forem respeitadas as diferenças regionais existentes no Brasil. Para isto, segundo ele, existe a necessidade de uma gestão territorial para que diferentes culturas sejam cultivadas em áreas de maior produtividade e onde também possam criar valor agregado, aumentar e distribuir melhor a renda. Durães acredita que uma das saídas seria um programa de gestão em torno de uma unidade industrial, até uma distância de 300 quilômetros ao redor, para que fossem identificadas as melhores culturas a serem plantadas e que possam ser aproveitadas pela indústria. "É a idéia de clusters, uma forma de deixar a produção sustentável sócio e ambientalmente também", disse.
O dirigente da Embrapa citou o exemplo do etanol, que tem sua produção concentrada no Centro-Sul e que é transportado para outras regiões por caminhões que consomem óleo diesel. "Este processo não é sustentável, tem de mudar", observou. Toda esta preocupação com a gestão territorial também é explicada pelo fato de os biocombustíveis fazerem parte de uma nova matriz energética que está ligada com a agricultura.
(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Eduardo Magossi/Da agência Estado)
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