Segunda-feira, 31 de março de 2008 - 10h01
O temporal de ontem não deu trégua para a cidade. Falta de luz, embarcações viradas, árvores caídas obstruindo ruas, residências destelhadas e alagação, em diversas zonas, foram o reflexo da chuva, aliada ao forte vento que, segundo a Defesa Civil Municipal, chegou a atingir 67 km/h. Os bombeiros registraram mais de 200 ocorrências entre as 15h e 19h.
Quem planejava viajar via fluvial para o interior do Estado, idéia tranqüila até o início da tarde, viveu momentos de tensão. No Porto de Manaus, embarcações viraram, fazendo com que o principal plano de muita gente fosse evitar o afogamento. A funcionária pública Valdeniza Santos, 32, estava a bordo do “Pepê Maués” para acompanhar o irmão, o marido, a sogra e a irmã desta com destino a um fim de semana familiar. “Quando cheguei o tempo já estava se formando. Embarcamos e não demorou muito para começar a chover forte. Os cabos foram arrebentando e a gente sentia que o barco oscilava de um lado para o outro, querendo virar. Fiquei com medo. Ainda ficamos uns 40 minutos ali, antes de sairmos para a balsa”, descreve Valdeniza. Ela reitera dizendo que cerca de 100 pessoas estavam no “Pepê Maués”, partilhando a aflição.
Tentando evitar que os passageiros do “Príncipe da Paz” – barco que ficou parcialmente inundado – sofressem perda total de seus pertences, o vigia Sebastião Filho, 34, se dispôs a ajudar. Com uma pequena voadeira, transportou o possível para a balsa mais próxima. Ele conseguiu salvar boa parte da carga com a iniciativa. “Foi tudo muito rápido. O barco (Príncipe da Paz) ia batendo no flutuante, mas inundou antes disso acontecer. Ainda bem que eu estava perto e consegui resgatar algumas coisas”, contou Sebastião.
O temporal também atingiu o píer do Tropical Hotel, que ficou parcialmente destruído. Durante a chuva, algumas embarcações tentaram atracar na área, mas não conseguiram. A direção do hotel informou que providenciará o reparo imediato do local.
Na Praça da Saudade, a Feira de Artesanato Indígena Pú Kaa, que sempre ocorre na última semana do mês (quinta, sexta, sábado e domingo), também foi prejudicada. Das 24 barracas, 12 foram praticamente destruídas, assim como os objetos para venda. A estrutura de ferro do palco onde são feitas as apresentações musicais foi arrancada pelo vento. “Estava tudo pronto para o último dia de feira. Tínhamos uma programação especial que foi completamente prejudicada”, conta o artesão e músico José Ticuna, 36.
Ventos com velocidade superior a 60km/h provocaram um rastro de destruição também na rede elétrica. Praticamente todas as zonas da cidade foram afetadas pelo corte violento da energia. A população ficou à procura de solução imediata, mas estava difícil até o contato com a distribuidora diante do congestionamento da rede telefônica. O presidente da Manaus Energia, Willamy Frota, disse, no início da noite, que a rede elétrica foi muito afetada pelo temporal, mas 32 equipes estavam nas ruas para solucionar os problemas. “Dependemos da participação do Corpo de Bombeiros nesse trabalho”, disse ele, ao se referir à ação conjunta quando se trata de rede elétrica. Segundo Frota, só é possível consertar um defeito quando a área estiver isolada de todos os riscos, e isso é um trabalho dos bombeiros.
Frota informou que bairros de todas as zonas da cidade pediram socorro: Centro, São José, Cidade Nova, Alvoradas, Chapada, Parque Dez, Nossa Senhora das Graças, Aleixo, Tarumã e Bairro do Céu. Frota citou o caso de um outdoor localizado na avenida Recife, que despencou na rede elétrica, afetando bairros adjacentes. Para tranqüilizar a população, ele prometeu regularizar a situação até por volta das 22h de ontem.
Fonte: Daniel Panobianco com informações de "A Crítica Digital"
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