Sexta-feira, 21 de novembro de 2008 - 05h43
Grande parte dos municípios está enfrentando chuvas intensas sem intervalo de tempo seco há duas semanas. Em várias localidades alagamentos e desmoronamentos de terra tornam-se cada vez mais comuns deixando pessoas desalojadas.
Daniel Panobianco – O período ápice de chuvas em Rondônia só ocorre em fevereiro, mas as precipitações das últimas semanas já mostraram como as cidades estão preparadas para agüentar mais 5 meses de muita água do rigoroso inverno amazônico. Assim como qualquer cidade brasileira susceptível a desastres naturais, os municípios rondonienses também engrossam a lista e preocupam, mais a população que as autoridades em si. Prova disso são obras inacabadas, que deveriam conter a pressão das águas pluviais e em alguns casos, descaso total por parte dos governantes.
Entre quarta-feira e ontem, a chuva caiu com força em Guajará-Mirim, Porto Velho, Ariquemes, Ouro Preto do Oeste, Nova União, Ji-Paraná e Vilhena provocando estragos, principalmente com alagamentos e desmoronamentos de encostas.
Guajará-Mirim
Em Guajará-Mirim, choveu muito forte no final da tarde de quarta-feira. Uma grande área de convecção profunda formada na Serra dos Pacaás Novos avançou para oeste atingindo toda a cidade. Dados de METAR do aeroporto local reportaram visibilidade inferior a mil metros durante o temporal, com acumulado de 33,8 milímetros em apenas 25 minutos. O resultado de tanta água em pouco tempo foram ruas, avenidas, residências, prédios públicos e estabelecimentos comerciais completamente alagados. A parte baixa da cidade foi a mais atingida com água subindo até 50 centímetros de altura.
Porto Velho
Nesta quinta-feira, o ar quente e úmido favoreceu a formação de nuvens penetrativas em praticamente todas as regiões. Em Porto Velho, a chuva foi forte em diversos bairros alagando alguns pontos com obras inacabadas. Dados da estação automática do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) indicaram precipitação de 32,2 milímetros, sendo a pancada mais intensa registrada entre as 16 e 17 horas (local).
Ariquemes
Em Ariquemes, no mesmo horário, a chuva foi intensa alagando as principais vias da cidade, além de algumas residências próximas ao aeroporto e rodovia BR-364. Em outra estação automática do INMET foram registrados 37,2 milímetros, sendo 31 mm em apenas uma hora.
Ji-Paraná
No final da tarde choveu forte em Ji-Paraná. A cidade ainda abalada com a tempestade do último domingo – a mais forte da história totalizando mais de 160 mm – enfrentou novos transtornos com o transbordamento de córregos e igarapés. Em toda a malha urbana foram 7 grandes pontos de alagamentos, alguns com água até um metro de altura. Próximo às Ruas T-07 e T-08, com Goiânia, o transbordamento do mesmo córrego que fez desabar parte de uma casa no domingo, também levou o restante de outras construções ao redor. Muros não suportaram a força da água sendo arrastados morro abaixo. O solo muito saturado com muita umidade contribuiu para os deslizamentos de encostas na região.
Ouro Preto do Oeste
No período da noite Ouro Preto do Oeste foi sacudida por um forte temporal. No interior do município, córregos e igarapés transbordaram inundando propriedades rurais. O nível do rio Boa Vista chegou a quase dois metros acima do nível normal no final da noite próximo a rodovia BR-364. O tráfego na mesma rodovia determinou atenção redobrada dos motoristas devido a total falta de visibilidade.
Nova União
Por volta das 20h30min (local), a mesma tempestade que provocou estragos em Ouro Preto do Oeste deslocou-se para sudoeste atingindo praticamente todo o município de Nova União. Dados de hidroestimadores de precipitação confirmaram o acúmulo de água em superfície, de mais de 50 milímetros por hora. Tanto na cidade, quanto na zona rural, diversos pontos foram alagados.
No final da noite, também choveu forte em parte de Nova Mamoré, Urupá, Teixeirópolis e Espigão do Oeste.
Vilhena
Em Vilhena, a chuva voltou a alagar ruas, avenidas e residências no final da tarde. Vários pontos, já não comportam mais o tráfego de veículos e pedestres dificultando a vida de muitos moradores. Algumas obras inacabadas da prefeitura são grandes armadilhas para acidentes, como os bueiros destampados no Setor 19.
Tanta chuva é resultado de um fenômeno meteorológico comum nesta época do ano; A ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul), que se forma quando há uma frente-fria estacionada no litoral da Região Sudeste do Brasil e os ventos provenientes da Amazônia transportam umidade parte o centro do País formando um cinturão de nuvens carregadas. Normalmente, uma ZCAS dura de 3 a 5 dias, mas esta já está ativa há 12 dias. Outro sistema de grande escala tem influência direta nas chuvas em Rondônia. É a AB (Alta da Bolívia). Um anticiclone com ventos que giram no sentido anti-horário a altitude (12 mil metros) e horário de superfície mantendo um mecanismo de convergência de umidade durante todo o período chuvoso na América do Sul. O nome é devido a sua posição climatológica geralmente centrada sobre a Bolívia, mas esta semana, a AB está oscilando entre o Mato Grosso e Rondônia aumentando ainda mais os riscos de temporais.
Dados: INMET – Guajará em cima da noticia – Rondônia ao Vivo – Ouro Preto do Oeste – Gazeta Central – Rádio Clube Cidade
Fonte: De olho no tempo
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