Domingo, 23 de novembro de 2008 - 22h58
Roberta Lopes
Agência Brasil
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou hoje (24) que o não-pagamento do empréstimo feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao governo do Equador para construção de uma hidrelétrica coloca em risco o próprio mecanismo de financiamento da operação. O mecanismo usado foi o convênio de pagamentos e créditos recíprocos (CCR), para que a operação fosse financiada com juros mais baixos.
A atitude do governo equatoriano põe em risco o CCR, que nunca havia sido contestado. Isso é algo inédito e coloca em risco o próprio mecanismo, disse o ministro.
A Hidrelétrica de San Francisco foi construída no Equador pela empreiteira brasileira Norberto Odebrecht, em um consórcio com uma empresa daquele país. O consórcio recebeu financiamento do BNDES, mas o governo equatoriano se recusa a pagar a dívida, de US$ 243 milhões, alegando que houve problemas de funcionamento na hidrelétrica um ano depois da construção.
Na última semana, o Equador acionou arbitragem internacional para não pagar a dívida.
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