Segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 - 16h54
Um relatório divulgado pela ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira diz que o Banco Mundial (Bird) pode estar colaborando com o desmatamento da Amazônia ao financiar projetos de pecuária na região sem analisar com cuidado os efeitos que eles podem ter.
“Organizações como o IFC (International Financial Corporation, ou Corporação Financeira Internacional) do Banco Mundial promovem a expansão do abate em áreas vulneráveis da Amazônia, sem sequer estudar os impactos na maioria das regiões afetadas”, diz o relatório, intitulado O Reino do Gado – Uma Nova na Pecuarização da Amazônia Brasileira.
O documento, divulgado no domingo, traça um perfil da pecuária na região da chamada Amazônia legal (área que engloba nove estados brasileiros que abrigam a Bacia amazônica e que possuem em seu território trechos da Floresta Amazônica) e, além de criticar o Banco Mundial, critica o governo por não adotar medidas que impeçam o avanço da pecuária na Amazônia, que “representa uma das principais forças motrizes do desmatamento e das queimadas na região”.
“A pecuarização da Amazônia se intensificou de maneira sem precedentes nos últimos cinco anos e o fenômeno requer uma atenção nova e especial, em qualidade e em quantidade, por parte das autoridades governamentais, da cadeia comercial de instituições financeiras, cientistas e organizações da sociedade civil.”
“Expansão da fronteira”
Segundo o relatório, em 2007, pela primeira vez, “a Amazônia Legal passou da marca histórica de 10 milhões de abates bovinos, com um aumento de 46% em relação a 2004.”
O avanço ajudou a consolidar o Brasil como o maior exportador e o segundo maior produtor mundial de carne bovina.
A Amazônia é a região do país que concentrou o crescimento da pecuária nos últimos anos. O documento indica que, entre dezembro de 2003 e dezembro de 2006, 96% do aumento registrado no rebanho brasileiro foi em gado da Amazônia.
Mas o crescimento aparentemente não ocorreu simultaneamente à adoção de medidas que poderiam amenizar o impacto da atividade econômica sobre a mata, segundo a Amigos da Terra.
“Falta de investimento na recuperação de pastagens degradadas e falta de foco na pequena produção impedem que práticas de sustentabilidade saiam do papel”, diz o documento.
Nas suas conclusões, o relatório sugere a adoção de diversas medidas, como “a proibição de novos assentamentos rurais ou de regularização fundiária de ocupações recentes”, ou o “zoneamento agro-ambiental ou ecológico-econômico”. “Até o momento, no entanto, estes mecanismos não têm sido objeto de implementação.”
O relatório também diz que um programa de aproveitamento de áreas alteradas, que consta de um plano do governo para combater e prevenir o desmatamento, não saiu do papel.
“Dessa forma”, diz o relatório, “a realidade tende a reproduzir o modelo da expansão da fronteira”.
A BBC Brasil entrou em contato com o Banco Mundial em Washington e com o Ministério do Meio Ambiente pedindo um comentário sobre o relatório da ONG, mas, até o fechamento deste texto, não obteve resposta.
Um relatório divulgado pela ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira diz que o Banco Mundial (Bird) pode estar colaborando com o desmatamento da Amazônia ao financiar projetos de pecuária na região sem analisar com cuidado os efeitos que eles podem ter.
“Organizações como o IFC (International Financial Corporation, ou Corporação Financeira Internacional) do Banco Mundial promovem a expansão do abate em áreas vulneráveis da Amazônia, sem sequer estudar os impactos na maioria das regiões afetadas”, diz o relatório, intitulado O Reino do Gado – Uma Nova na Pecuarização da Amazônia Brasileira.
O documento, divulgado no domingo, traça um perfil da pecuária na região da chamada Amazônia legal (área que engloba nove estados brasileiros que abrigam a Bacia amazônica e que possuem em seu território trechos da Floresta Amazônica) e, além de criticar o Banco Mundial, critica o governo por não adotar medidas que impeçam o avanço da pecuária na Amazônia, que “representa uma das principais forças motrizes do desmatamento e das queimadas na região”.
“A pecuarização da Amazônia se intensificou de maneira sem precedentes nos últimos cinco anos e o fenômeno requer uma atenção nova e especial, em qualidade e em quantidade, por parte das autoridades governamentais, da cadeia comercial de instituições financeiras, cientistas e organizações da sociedade civil.”
“Expansão da fronteira”
Segundo o relatório, em 2007, pela primeira vez, “a Amazônia Legal passou da marca histórica de 10 milhões de abates bovinos, com um aumento de 46% em relação a 2004.”
O avanço ajudou a consolidar o Brasil como o maior exportador e o segundo maior produtor mundial de carne bovina.
A Amazônia é a região do país que concentrou o crescimento da pecuária nos últimos anos. O documento indica que, entre dezembro de 2003 e dezembro de 2006, 96% do aumento registrado no rebanho brasileiro foi em gado da Amazônia.
Mas o crescimento aparentemente não ocorreu simultaneamente à adoção de medidas que poderiam amenizar o impacto da atividade econômica sobre a mata, segundo a Amigos da Terra.
“Falta de investimento na recuperação de pastagens degradadas e falta de foco na pequena produção impedem que práticas de sustentabilidade saiam do papel”, diz o documento.
Nas suas conclusões, o relatório sugere a adoção de diversas medidas, como “a proibição de novos assentamentos rurais ou de regularização fundiária de ocupações recentes”, ou o “zoneamento agro-ambiental ou ecológico-econômico”. “Até o momento, no entanto, estes mecanismos não têm sido objeto de implementação.”
O relatório também diz que um programa de aproveitamento de áreas alteradas, que consta de um plano do governo para combater e prevenir o desmatamento, não saiu do papel.
“Dessa forma”, diz o relatório, “a realidade tende a reproduzir o modelo da expansão da fronteira”.
A BBC Brasil entrou em contato com o Banco Mundial em Washington e com o Ministério do Meio Ambiente pedindo um comentário sobre o relatório da ONG, mas, até o fechamento deste texto, não obteve resposta.
Fonte: BBCBrasil
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