Bolivianos ameaçam interromper fornecimento de gás ao Brasil

Agência O Globo LA PAZ - Trabalhadores da maior região produtora de gás natural da Bolívia, no Sul do país, ameaçam iniciar uma greve e fechar as válvulas de envio do hidrocarboneto ao Brasil e à Argentina, numa tentativa de chamar a atenção do governo e da Prefeitura em relação a algumas de suas demandas. O presidente do comitê cívico da localidade de Yacuiba, Gualberto Durán, disse por teléfono à agência EFE que o protesto será realizado nesta comunidade e nas cidades vizinhas de Villamontes e Caraparí, pertencentes à província do Gran Chaco, situada em Tarija. Durán explicou que a província pede a solução definitiva para o conflito com a localidade vizinha de O'Connor pela jurisdição do campo de gás de Margarita, a base da vice-presidência da estatal petroleira YPFB e medidas para favorecer o comércio com o norte argentino. As pressões começarão com uma suspensão das atividades nos três municípios, que em conjunto têm 160 mil habitantes, e seguirão com o a suspensão do transporte para a Argentina e o bloqueio das estradas até o Paraguai e o interior da Bolívia. Nesta zona, estão localizados os campos produtores de gás natural mais importantes da Bolívia, em "San Alberto" e "San Antonio", operados pela Petrobras, associada à hispano-argentina Repsol YPF e à franco-belga Total. Os protestos serão graduais e, se até quarta-feira não houver uma solução por parte do governo, os campos mais ricos serão ocupados para a suspensão da venda ao Brasil e à Argentina. Há três doas mais de 20 prefeitos da região iniciaram uma greve de fome, que também teve a participação do deputado opositor Willman Cardozo, em La Paz. - Na quarta feira todo o protesto será intensificado e não descartamos nenhuma medida porque conhecemos todo o território palmo a palmp e sabemos onde estão os gasodutos - disse o dirigente regional. O governador de Tarija, o opositor Mario Cossio, pediu neste domingo, em declarações à rádio Panamericana, um melhor relacionamento com o governo do presidente Evo Morales para responder às demandas regionais.

Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

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