Sábado, 10 de março de 2012 - 13h08
Renata Giraldi*
Agência Brasil
Brasília – Na véspera de completar um ano dos acidentes nucleares no Japão, gerados pelo terremoto seguido por tsunami, há cerimônias em homenagem às vítimas em todo o país. Em várias cidades japonesas, as pessoas acenderam velas, formando obras de arte. Mais de 19 mil pessoas morreram ou desapareceram no Japão em consequência dos acidentes. Parte do país foi destruída. No Brasil, a tragédia será lembrada com um minuto de silêncio e correntes humanas em várias cidades.
Em 11 de março de 2011, um terremoto seguido por tsunami provocou danos na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país. Danificados, os reatores geraram explosões e vazamentos. Até hoje, várias cidades em volta da usina ainda permanecem esvaziadas e as famílias moram em abrigos improvisados.
As autoridades japonesas garantem que a maior parte do entulho foi retirada das ruas e as estradas pavimentadas. Mas, segundo relatos, as dificuldades e o medo ainda permanecem. Moradores da região de Fukushima passaram a viver monitorando o nível de radiação, principalmente entre as crianças e os adolescentes.
No Brasil, organizações não governamentais e movimentos sociais convocaram para amanhã (11) uma série de manifestações para lembrar a tragédia. Os atos, convocados em várias cidades do país, deverão ocorrer simultaneamente às 10h15 (horário de Brasília).
No Rio de Janeiro, deve ser feita uma corrente humana na orla em Ipanema, onde haverá um minuto de silêncio. Em São Paulo, também haverá uma corrente humana na Avenida Paulista, assim como em Belo Horizonte, no Parque Municipal, em Brasília, na Feira dos Importados, e em Salvador, no Dique do Itororó.
Os organizadores das manifestações aproveitarão para colher assinaturas que farão parte de texto a ser encaminhado ao Congresso Nacional propondo uma emenda constitucional para acabar com as obras da Usina Angra III e suspender os projetos de várias usinas nucleares no país.
*Com informações da agência pública de notícias do Japão, Kyodo//Edição: Graça Adjuto
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