Sexta-feira, 18 de dezembro de 2009 - 10h46
A comitiva do Instituto Nacional de Reforma Agrária (INRA) da Bolívia, que visitou o Brasil nos últimos dias, esteve reunida ontem (17), com o ministro do Desenvolvimento Agrário,Guilherme Cassel e com o presidente do Incra, Rolf Hackbart para compartilhar experiências entre os dois países.
Durante vários dias, os bolivianos visitaram assentamentos e conheceram de perto o trabalho do MDA e do Incra para aprimorar o desenvolvimento rural e aprofundar a reforma agrária. Em Santa Catarina, eles estiveram no município de São Miguel d´Oeste onde conheceram uma cooperativa de assentados que processa cerca de 400 mil litros de leite por dia. Um frigorífico de peixes e uma fábrica de conservas de pepino também foram visitados pela comitiva.
Cliver Rocha Rojo, diretor-geral de Distribuição de Terras do INRA, explicou o especial interesse dos bolivianos nas experiências de agroindústria desenvolvidas nos assentamentos. Ele afirmou que esse tipo de iniciativa ainda é rara na Bolívia, mas que os campesinos e indígenas estão procurando maneiras de começarem a processar a produção agregando valor e gerando mais renda para as famílias. Outra política pública brasileira que despertou o interesse da comitiva é a comercialização da produção como o Programa de Aquisição de Alimentos, o PAA.
Desde o início do governo do líder indígena Evo Morales, em 2006, o país está promovendo uma ampla política de desenvolvimento rural e reforma agrária. Foi criada a empresa de Apoio à Produção de Alimentos (EMAPA) que em três anos apoiou milhares de famílias de agricultores e indígenas produtores de milho e arroz, principais alimentos dos bolivianos. A área cultivável aumentou em mais de 86 mil hectares e a produção teve um incremento de 82 mil toneladas. Com essas medidas, o país conseguiu controlar a inflação dos preços dos alimentos durante a crise financeira que abateu o mundo nos últimos dois anos.
Também foi criado um programa de modernização da agricultura que financiou mais de mil tratores e máquinas para as famílias de agricultores parecido com o programa brasileiro lançado em 2008, o Mais Alimentos.
Entre 2006 e 2009, a Bolívia titulou 26 milhões de hectares beneficiando quase 100 mil famílias por meio de programas como o Plano Nacional de Saneamento e titulação da Propriedade Agrária e o Plano Nacional de Terras e Assentamentos.
O ministro Guilherme Cassel elogiou o trabalho feito pelo governo de Evo Morales e reiterou a disposição do governo brasileiro de trocar e compartilhar experiências entre os dois países vizinhos. “É uma determinação do presidente Lula colaborar com o desenvolvimento da Bolívia”, afirmou. O ministro incentivou os bolivianos a participarem mais efetivamente de fóruns internacionais que discutem o desenvolvimento rural e a inclusão das populações campesinas e indígenas. Cassel citou como exemplo a Reunião Especializada da Agricultura Familiar, a REAF, que aprofundou as discussões deste setor no âmbito do Mercosul.
Fonte: MDA
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