O chefe da Al-Qaeda, Ayman al Zawahiri, acusou o líder do grupo Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Baghdadi, de mentir sobre a luta jihadista de sua organização, em mensagem divulgada nesta quinta-feira. As informações são da Agência France-Presse (AFP).
Na mensagem, captada por uma organização americana de vigilância na Web SITE, o egípcio Al Zawihiri, 65 anos, denuncia a "campanha de deformação dos fatos, de medo e intimidação (...) da qual participa o líder do EI”.
"Os mentirosos insistem em sua falsidade, até o ponto de assegurar que não denunciamos os xiitas", disse Al Zawahiri em mensagem divulgada pelo serviço de informação da Al-Qaeda. Zawahiri, que sucedeu a Osama bin Laden após um comando americano matá-lo no Paquistão, em 2011, nega ter dito que os cristãos podem ser aliados do governo de um futuro califado islâmico.
"O que eu disse é que são sócios nas terras, como na agricultura, comércio e dinheiro, e manteremos sua privacidade nisto, de acordo com as leis da nossa charia", falou.
Al Zawahiri afirmou ainda que jamais disse que os muçulmanos xiitas devem ser perdoados, mas sugeriu que os ataques precisam ser concentrados nas forças iraquianas, lideradas pelos xiitas, no lugar de atrocidades aleatórias contra civis. "Disse em várias ocasiões para que detivessem as explosões nos mercados e nas mesquitas e se concentrassem nas forças militares, de segurança, na polícia e nas milícias xiitas".
Finalmente, o líder da Al-Qaeda se volta contra os Estados Unidos: "convocamos os mujahedines (...) a fazer da jihad contra a América e seus aliados sua prioridade".
Al-Qaeda e EI são grupos adversários, com táticas e estratégias jihadistas diferentes, principalmente nos ataques que realizam na Síria, Iraque e Iêmen.