Segunda-feira, 12 de março de 2018 - 13h55
O novo presidente do Chile, Sebastián Piñera, deliberou nesta segunda-feira (12), em seu primeiro dia de gestão, a implantação de uma reforma tributária para este ano e um ajuste fiscal devido a um déficit estrutural maior do que o esperado. A informação é da EFE.
O anúncio foi feito pelo ministro de Fazenda, Felipe Larraín, que ao chegar ao escritório disse aos jornalistas que "temos um projeto e esperamos pactuá-lo. Temos que simplificar o sistema tributário, para fazer com que ele seja mais amigo dos contribuintes".
O governo da ex-presidente Michelle Bachelet, cujo mandato terminou no domingo, impulsionou e conseguiu a aprovação de uma reforma tributária para financiar a gratuidade do ensino e outras medidas no âmbito da educação, focada principalmente em um aumento da tributação às empresas.
Esta reforma foi criticada porque torna complicado para os contribuintes, principalmente as pequenas e médias empresas, cumprir com suas disposições.
Ajuste fiscal
O ministro de Fazenda disse ainda que um ajuste fiscal será necessário, após revelar que o governo de Bachelet fechou 2017 com um déficit equivalente a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ao invés de 1,7%, como tinha sido informado de forma preliminar.
"Estamos trabalhando em um ajuste orçamentário", disse a respeito Larraín, que comentou que o tema "ainda deve ser analisado" e considerou que "não é uma boa notícia".
"Estamos em um período de contração, porque indubitavelmente a situação fiscal é diferente da que tínhamos há 8 ou 4 anos. Temos níveis de dívida pública que duplicaram e o que corresponde é iniciar as medidas de austeridade e depois ver como realocar recursos", precisou.
"É preciso usar os bens públicos de maneira inteligente, vamos cuidar do dinheiro que pertence a todos os chilenos ", disse Larraín, que reiterou que as metas do novo governo no âmbito econômico são dinamizar o crescimento, a criação de empregos e a recuperação das finanças públicas.
Reformas
O conservador Sebastián Piñera assumiu neste domingo (11), pela segunda vez, a presidência do Chile com a promessa de fortalecer a abatida economia do país e retocar as principais reformas de sua antecessora, a socialista Michelle Bachelet.
Piñera, de 68 anos, volta à chefia do governo depois de ter presidido o país de 2010 a 2014, na ocasião marcando o primeiro triunfo de um candidato conservador depois de 20 anos de governos de centro-esquerda. Ele ganhou as eleições do ano passado com a promessa de eficiência na gestão e de posicionar o Chile no caminho do crescimento e do progresso, um discurso parecido com o que o levou à vitória no pleito de 2009.
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