Quinta-feira, 6 de julho de 2017 - 08h02
Da Agência Sputinik
"O governo brasileiro e as autoridades sanitárias devem se preocupar com a qualidade da carne que está sendo exportada para a China, hoje o maior importador desses produtos." O alerta é de Sebastião Costa Guedes, presidente da Academia Brasileira de Medicina Veterinária e vice-presidente do Conselho Nacional da Pecuária de Corte.
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, Guedes comentou o aumento das inspeções da carne brasileira pelo governo chinês depois que os Estados Unidos suspenderam, no mês passado, as compras de carne in natura do Brasil, alegando problemas sanitários. Só em maio, a China devolveu mais de 350 toneladas de carne bovina e de aves, incluindo pés e coxas de frango, por não terem passado pelos testes de quarentena e também por apresentarem rotulagem inadequada. Pequim informou que tomará as medidas necessárias caso encontre riscos à segurança alimentar e notificará o público no momento adequado.
"Isso preocupa e muito. O problemas começaram com as reclamações americanas. Cada um na cadeia produtiva tem que cumprir suas obrigações — os criadores caprichando nas vacinas, os industrias de vacina não podem negar que parte dos problemas vem da vacina — a saponina induz a formação de abcessos assépticos, segundo a literatura (médica) —, e eles têm que fazer uma extensão rural para esclarecer melhor a mão de obra no campo como praticar uma boa vacinação. A questão da etiquetagem da qual a China está reclamando afeta a indústria frigorifica, e esperamos que a ABIEC (Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne) e a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) tomem providências — diz o especialista.
Quando da proibição de importação de carne in natura pelos EUA, os produtores brasileiros admitiram que alguns "problemas pontuais" ocorreram em alguns lotes devido à reação à vacina contra febre aftosa. Guedes observa que, hoje, poucos países vacinam seus rebanhos contra aftosa, alguns na Ásia, na África e na América do Sul, embora alguns já tenham erradicado a doença e a vacinação. Na América do Sul, Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Equador e Bolívia ainda vacinam. O especialista admite que o problema pode estar na vacina em si.
"Tem literatura que diz que a saponina, um aditivo utilizado na vacina oleosa, por si só induz a formação de um abcesso. É ele que estimula a reação inflamatória. Além disso, temos os cuidados que deverão ocorrer por ocasião da vacinação. O Ministério da Agricultura tem que obrigar a indústria veterinária a melhorar a composição da vacina. Eu pessoalmente acho que tem que tirar a saponina, proibir a via intramuscular, que esconde o abcesso na massa muscular. A vacina deveria ser só subcutânea."
Com relação à indústria americana, Guedes observa que eles estão pedindo para a indústria cortar os músculos do dianteiro em pequenos cubos, o que, segundo o especialista, pode resolver grande parte dos problemas, embora vá onerar custos para os frigoríficos. O presidente da Academia Brasileira de Medicina e Veterinária afirma que o governo brasileiro estuda reduzir o volume de doses da vacina contra aftosa de cinco para dois mililitros (ml), medida já adotada pela Colômbia e pelo Equador, wé reduzir o vírus C, que reduz a massa antigênica da vacina e provoca menos reações.
Guedes lembra, no entanto, que o Brasil tem, apesar desses problemasm alguns trunfos importantes em termos de sanidade. Ele cita, por exemplo, o fato de que 12 estados brasileiros e o Distrito Federal há mais de 20 anos não reportam casos de aftosa nos rebanhos calculados em 180 milhões de cabeças.
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