Representante da ONU assegura que sanções
não impedem saída negociada para a crise
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Li Badong, representante da China na Organização das Nações Unidas, afirmou na manhã desta quinta-feira que a resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo sanções ao Irã por conta de seu programa para o enriquecimento de urânio “não fecha as portas” para uma saída diplomática que resolva a celeuma.
Lembrando que outros países possuem o direito de manter cooperação política com Teerã, Badong afirmou, em Nova York, que “fazer circular este rascunho (da resolução) não significa que as portas para a diplomacia estão fechadas. E acreditamos que o diálogo, a diplomacia e as negociações são a melhor maneira de lidar com a questão iraniana".
Horas antes, o governo russo afirmou que Sergei Lavrov, ministro do Exterior, pediu à secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, que seja aprofundada a análise sobre o acordo fechado na noite de domingo entre Brasil, Irã e Turquia, que permitiria a Teerã realizar o enriquecimento de urânio no exterior.
Irã
Na capital iraniana, o chefe da agência atômica do país, Ali Akbar Salehi, que também é o vice-presidente do país, assegurou que as potências mundiais sairão perdendo caso apliquem sanções contra sua nação, pontuando que todos ficarão "desacreditadas" se insistirem na ideia de punições após o acordo de domingo
Citado pela agência semi-oficial Fars, Salehi alegou que as potências “sentem que pela primeira vez no mundo os países em desenvolvimento são capazes de defender seus direitos na arena internacional sem recorrer às maiores potências, e isso é o que é difícil para eles". Já de acordo com Mojtaba Samareh-Hashemi, assessor-sênior do presidente Mahmoud Ahmadinejad, “a proposta em discussão no Conselho de Segurança das Nações Unidas não tem nenhuma legitimidade".
Fonte: Rádio Jovem Pan
Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)