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CLIMA DE PÂNICO: Crise europeia assombra mercados


Papandreou, premiê grego: defesa de pacote de austeridade, aprovado pelo Parlamento

O clima de pânico nos mercados lembrou, ontem, o caos financeiro de meados de 2008, quando o Lehman Brothers quebrou. No pior momento, a bolsa de valores de Nova York teve queda abrupta e em ritmo alucinante de 998,5 pontos, a maior de toda a sua história em pontos, e de 9% em termos percentuais. O dólar subiu quase 6% frente ao real. Foi um movimento de pânico, mas ainda restrito aos investidores, fundos e bancos.

O mercado de crédito internacional, porém, esteve longe do que aconteceu em 2008. A liquidez se reduziu no mercado de bônus, mas o crédito interbancário continuou fluindo, embora com prêmios bem maiores. O risco-Brasil subiu 14,06%, ou 23,62 pontos básicos, para 152,10 pontos, muito abaixo do risco do Santander, que foi a 240,83 pontos.

"Em 2008, a quebra já havia acontecido", lembra Alexei Remizov, responsável pelo mercado de capitais do HSBC Securities, em Nova York. "Agora, há o temor de uma moratória que ainda não aconteceu", afirma ele, que não vê uma solução fácil para a crise no curto prazo. A própria lembrança recente do que é um evento de não pagamento de grandes proporções tornou o pânico ainda maior.

Diante do risco concreto de que moratórias de governos europeus pesem sobre o ainda combalido sistema financeiro mundial, o dólar ganhou força em relação a quase todas as moedas, enquanto o euro caiu para seu menor nível em 14 meses. Os investidores pediam injeção de liquidez direta no mercado secundário de títulos da dívida da Grécia, mas o Banco Central Europeu se recusou e detonou uma fuga em massa do risco e um movimento de desmonte de posições para conter perdas. A aprovação pelo Parlamento grego do pacote de ajuste não foi suficiente para conter o mau humor.

Um evento inédito no mercado americano também contribuiu para disseminar o pânico. Uma onda de ordens de venda de origem não identificada - e que pode envolver trapalhadas como erros de digitação - ajudou a derrubar o Dow Jones, que fechou em baixa de 3,2%. O Ibovespa caiu 2,31%, para 63.414 pontos, acumulando perda de 7,54% no ano.

Mesmo depois do fechamento dos mercados, ninguém sabia explicar o ocorrido. Operadores disseram que uma grande instituição teria, acidentalmente, disparado uma programação errada. Um operador teria digitado uma ordem de venda de US$ 16 bilhões em vez de US$ 16 milhões. À noite, a bolsa eletrônica Nasdaq informou a decisão de cancelar uma série de operações fechadas com preços distorcidos, numa ação coordenada com outras bolsas.

O real foi uma das moedas que mais se desvalorizou ontem. O dólar fechou em alta de 2,84%, cotado a R$ 1,849. Há muito investimento externo para deixar o país em momento de pânico. Dados da Anbima mostram que o total de ações e títulos de renda fixa detidos por estrangeiros atingiu R$ 528 bilhões em março, cerca de R$ 140 bilhões a mais do que em setembro do ano passado e acima do total de R$ 370 bilhões de antes da crise do Lehman Brothers, em janeiro de 2008.

Fonte: Jornal Valor Econômico
 

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