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COLÔMBIA – Entre a cruz e a cruxificação



Isaac Bigio

(Londres, AG/BR Press) - A Cruz Vermelha é uma entidade mundial que não admite que seus símbolos sejam usados pelos envolvidos em nenhum tipo de guerra. No entanto, Bogotá assumiu que suas Forças Armadas (FFAA) usaram suas insígnias na Operação Xeque-Mate, que resgatou Ingrid Betancourt.

O presidente Álvaro Uribe está sendo acusado de violar o direito internacional, tal como em março, ao bombardear solo equatoriano. Ele admite uma conduta atípica, mas seus opositores querem mandá-lo à corte internacional e acusá-lo por "crimes de guerra".

O vale-tudo contra a guerrilha é reivindicado por vários setores anti-comunistas, mas é algo que pode minar a imagem democrática de que Uribe tanto precisa para ganhar legitimidade interna e internacional – inclusive para conseguir que os democratas dos EUA suspendam o veto ao Tratado de Livre Comércio com a Colômbia, imposto sob a acusação de ele haver amparado o assassinato de sindicalistas.

Popularíssimo

Após o sucesso da Operação Xeque-Mate, Uribe se converteu no presidente mais popular do hemisfério e foi cumprimentado por Chávez (que se reabilitou com ele), e que as FARC retrocedessem e aceitassem libertar reféns sem pedir em troca um território liberado (ainda que continuem insistindo na troca de presos).

Atualmente, Uribe é forte porque se apresenta como o herói que pode vencer a cruzada contra as FARC, mas se ele não conseguir vencer este desafio, ou cometer muitas violações para alcançar este objetivo, quem poderá ser crucificado é ele próprio.

(*) O analista internacional e ex-professor da London School of Economics (LSE) Isaac Bigio é especializado em América Latina e assina uma coluna diária no jornal peruano Correo. Tradução: Angélica Resende/BR Press.


 

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