O Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de urgência nesta sexta-feira (15) após o lançamento de um novo míssil balístico pela Coreia do Norte. De acordo com o calendário do principal órgão decisório das Nações Unidas, a reunião, que será a portas fechadas, terá início às 15h locais (16h em Brasília). As informações são da agência de notícias EFE.
A reunião ocorrerá depois de o regime de Kim Jong-un ter lançado um novo míssil que sobrevoou o norte do Japão e caiu no Oceano Pacífico, segundo informações divulgadas pelos governos dos EUA, do Japão e da Coreia do Sul.
Segundo o Comando Pacífico dos EUA (Pacom), o míssil norte-coreano foi lançado da cidade de Sunan, próxima a Pyongyang, e tinha alcance intermediário. Esse novo lançamento balístico é o primeiro depois de o Conselho de Segurança ter aprovado na última segunda-feira (11) novas medidas econômicas para sancionar o regime de Kim por outros testes nucleares e de mísseis similares ao usado hoje.
O Conselho de Segurança não tinha nenhuma reunião marcada para amanhã. Na próxima terça-feira
(19), a ONU estará lotada de chefes de Estado e governo de todo o mundo para a Assembleia-Geral.
A reunião de urgência do Conselho de Segurança foi pedida por EUA e Japão, informou a presidência do órgão, que é comandado neste mês pela Etiópia. No encontro, que será de consulta, nenhuma nova resolução contra a Coreia do Norte deve ser apresentada. No entanto, como em outras ocasiões, o Conselho de Segurança deve emitir uma declaração condenando os testes realizados por Pyongyang.
Por causa do teste nuclear realizado pela Coreia do Norte no último dia 3 de setembro, o mais potente até agora, o Conselho de Segurança impôs na segunda-feira passada novas sanções que buscam pressionar setores chave da economia do país.
A resolução proibiu que a Coreia do Norte exporte gás natural, impôs limites às exportações de produtos petrolíferos e impede que os membros da ONU comprem mercadorias do setor têxtil do país.
Apesar de os EUA pressionarem que a venda de petróleo para a Coreia do Norte fosse suspensa, o Conselho de Segurança só aceitou congelar as exportações do produto ao país nos níveis registrados nos últimos 12 meses.