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Contrabando brasileiro e argentino inunda mercado paraguaio


  
Ricardo Grance. Assunção, 14 dez (EFE).- Os alimentos, roupas e calçados que chegam por contrabando ao Paraguai, principalmente da Argentina e Brasil, inundam nestes dias os comércios e mercados populares conforme se aproximam as festas de fim de ano.

Neste mês aumentou em Assunção e nas cidades vizinhas a oferta de farinha, azeite, açúcar, carne, laticínios, pão de rabanada, assim como licores, oferecidos em barracas de rua a preços inferiores aos dos negócios com patentes de importação ou de venda legal.

O diretor do Departamento Técnico Alfandegário de Vigilância Especial, Carlos Fernández, disse à agência Efe que em quase 200 operações de controle executadas desde 20 de agosto, cinco dias depois de Fernando Lugo assumir a Presidência, se confiscaram produtos no valor de US$ 700 mil.

A legislação castiga com penas de até 5 anos de prisão o contrabando, um dos maiores flagelos da economia do Paraguai, onde, no entanto, a maior parte da repressão não vai além do confisco da mercadoria.

"Nestas datas sempre aumenta a entrada ilegal de mercadorias. De fato, os contrabandistas buscam alternativas para fugir dos controles, mas estamos atacando com força", afirmou.

O organismo conta com equipes táticas, "praticamente 24 horas, nas ruas", apontou Fernández, indicando que a vigilância se concentra nos cruzamentos de fronteira e nos postos ambulantes de venda.

Nesse sentido, o presidente da Câmara Paraguai de Supermercados, Elzear Salemma, sugeriu "controlar a fronteira, solicitar faturas e pedir detalhes de escritório dos produtos que têm" os vendedores informais.

"Esse controle interno, uma vez feito, vai desanimar bastante o contrabando, mas se não se fizer, será como lhes dar caminho livre", disse.

Salemma considerou ainda que "dá a impressão de que (os contrabandistas) têm a complacência e isso não é agradável para quem tem a responsabilidade de pagar salários a um grupo grande de empregados".

Os produtos argentinos ou brasileiros são mais baratos devido à diferença cambial a respeito da moeda paraguaia, com o que voltam a ser mais competitivos que os dos comércios formais.

Salemma atribui o fenômeno à queda de 47% do real contra apenas 23% do guarani (moeda paraguaia) em relação ao dólar, como conseqüência da crise financeira mundial.

O empresário assinalou que ainda não foram quantificadas as perdas geradas ao setor pelo contrabando nestes dias, embora sustente que "o crescimento que vinham tendo os supermercados foi enormemente afetado por este problema".

Os produtos que burlam os controles alfandegários entram no país na região dos postos de fronteira de Puerto Falcón e Nanawa, com a Argentina, 25 quilômetros ao norte da capital e contíguas à cidade argentina de Formosa.

Também são utilizadas pequenas embarcações que descarregam mercadorias em portos clandestinos em vários locais do rio Paraguai, limite natural entre o país e a Argentina.

Entram também pela Encarnación, a 370 quilômetros ao sul da capital paraguaia e vizinha à cidade argentina de Posadas, e por Ciudad del Este, que faz fronteira com a brasileira Foz do Iguaçu, no Paraná, porta de entrada de açúcar e frangos.

Ciudad del Este, que concentra a maior atividade comercial paraguaia, é a principal via do contrabando de materiais de informática, em sua maioria falsificados, além de armas e drogas.

Este comércio ilícito se registra ainda com a entrada de roupas e calçados através da Rota Transchaco, que atravessa a árida Região Ocidental paraguaia (Chaco) e que conecta Assunção com a cidade boliviana de Santa Cruz.

Fonte: EFE

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