Sábado, 7 de novembro de 2009 - 22h55
Reuters
GENEBRA - A corrupção custa aos países em desenvolvimento de US$ 20 bilhões a US$ 40 bilhões de dólares por ano e mercados emergentes e centros financeiros são cada vez mais portos-seguros para o dinheiro desviado, disse a diretora-gerente do Banco Mundial, Ngozi Okonjo-Iweala, neste sábado,7.
Iweala disse que "uma ação global simultânea" tanto por países desenvolvidos como em desenvolvimento é necessária para controlar o fluxo de fundos ilícitos e pediu aos governos que ratifiquem a Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção (CNUCC).
"Cada vez mais vemos que os países emergentes e os centros financeiros também são portos de destino para esse dinheiro.", afirmou Iweala, ex-ministra das finanças da Nigéria, à Reuters durante conferência contra a corrupção na capital do Catar.
A representante do Banco Mundial disse que uma promessa do G20 de ajudar a prevenir o fluxo de capital ilegal e tentar devolver o dinheiro aos países de origem é um primeiro passo importante. "Agora, o que precisamos é de mais ação", disse ela. "Os países desenvolvidos que recebem esse dinheiro têm de implementar a CNUCC e enviar esse dinheiro de volta e os países em desenvolvimento têm de pedir a ajuda dos países desenvolvidos."
A adoção da convenção da ONU permitiria uma base para lutar contra a corrupção, disse ela, e ajudaria a superar obstáculos legais em diferentes jurisdições. "Portanto, se os países realmente querem fazê-lo, eles podem porque eles podem eliminar todas essas exigências legais e congelar os ativos, tomá-los e enviá-los de volta", disse ela.
Iweala disse esperar que a convenção anti-corrupção da ONU "não seja mais um plano bom que virará um depósito de poeira", mas um que todos os países vão assinar. "Quando você o ratifica, precisa aplicar seus princípios a seu ambiente regulatório", disse ela.
Entre os países que estão "fazendo um grande esforço" para devolver os recursos desviados estão a Suíça, o Reino Unido e os Estados Unidos, disse ela.
A divisão de integridade do Banco Mundial proibiu algumas empresas acusadas de corrupção de participar de seus processos de licitação, algo que tem evitado a proliferação da atividade, segundo ela.
"Essas empresas incluem nomes importantes do mundo desenvolvido e de países em desenvolvimento", acrescentou ela.
O Banco Mundial estima que nos últimos 15 anos aproximadamente US$ 15 bilhões foram recuperados por todas as jurisdições, segundo ela. Iweala acresentou: "Isso é apenas uma gota na bacia do que acontece todos os anos."
"Países em desenvolvimento têm de trabalhar duro para lutar contra a corrupção e impedir as pessoas de roubar dinheiro", disse ela. "E os países que recebem os recursos desviados devem enviá-los de volta e mostrar a essas pessoas que não há impunidade."
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