Segunda-feira, 15 de setembro de 2008 - 17h25
Ordem partiu do Ministério da Defesa. Agravamento da crise faz bolivianos cruzarem a fronteira brasileira.
CHICO ARAÚJO
chicoaraujo@agenciaamazonia.com.br
BRASÍLIA Por ordem do Ministério da Defesa e do Comando Militar da Amazônia (CMA), o 4º Batalhão de Infantaria e Selva (BIS), sediado em Rio Branco, capital do Acre, acaba de entrar em prontidão. A medida é conseqüência da crise que se agrava na Bolívia e em especial no departamento (Estado) de Pando, em estado de sítio desde sexta-feira, e que faz fronteira com o Acre. O Exército tem batalhões em Brasiléia, na fronteira com a Bolívia, e em Assis Brasil, na fronteira com o Peru e a Bolívia.
Hoje, os militares bolivianos prenderam dez pessoas suspeitas de praticar atos violentos na cidade de Cobija, capital Pando. Armas e munições foram apreendidas. O estado de sítio foi decretado após um conflito que matou ao menos 30 camponeses. O departamento é um dos cinco onde os governadores fazem oposição ao presidente do país. No departamento de Santa Cruz, prédios públicos permanecem ocupados por manifestantes.
A determinação do Ministério da Defesa tem a finalidade de guarnecer a fronteira do Brasil com a Bolívia. Ou seja, o Exército seria acionado para atender uma possível missão de passar e dar proteção aos brasileiros que vivem no Departamento de Pando. Dados extraoficiais dão conta que mais de 15 mil brasileiros habitam o estado boliviano. Eles trabalham em seringais e fazendas da Bolívia, coletando castanha ou retirando leite de caucho (a seringueira, no Brasil).
Dois brasileiros saíram feridos nos conflitos da semana passada. Jonas Cordeiro Alves, de 31 anos, foi um deles. Alves foi alvejado a tiros durante os conflitos ocorridos no vilarejo El Porvenir (a 30 Km de Cobija, a capital do departamento). Em Santa Cruz de La Sierra e Sucre, dezenas de estudantes brasileiros não podem sair das cidades. Os aeroportos foram fechados.
A crise na Bolívia agrava-se com o passar dos dias. Ocorre um enfrentamento aberto, e sangrento, entre partidários do presidente Evo Morales e os departamentos (Estados) autonomistas. Além de Pandos, os departamentos de Tarija, Beni, Chuquisaca e Santa Cruz são opositores a Morales.
No sábado ventilou-se a decretação da prisão do governador de Pando, Leopoldo Fernández, o que não se concretizou. A situação fez com que dezenas de bolivianos cruzassem a fronteira com o Brasil, temendo serem assassinados pelas forças leais a Evo Morales. As cidades de Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil são os destinos dos refugiados. As três cidades brasileiras são separadas da Bolívia pelo Rio Acre.
Fonte: A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião - foto de arquivo
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