Quinta-feira, 21 de maio de 2015 - 00h03
Um dos caminhos mais seguros para manter o ambiente rural otimizado é a diversificação das atividades na propriedade. Foi o que fez a família Camargo em Alto Alegre dos Parecis, região Sudeste de Rondônia. Para mostrar como isso foi possível, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater) realizou nessa propriedade um Dia de Campo sobre o cultivo de tomate em estufa. A atividade despertou o interesse de produtores de toda a região, especialmente dos que possuem propriedades localizadas em regiões onde o clima favorece o cultivo.
A família Camargo cultiva tomate há mais de 10 anos, mas em 2013 decidiu tecnificar a lavoura. Com acompanhamento do extensionista da Emater-RO, o engenheiro agrônomo Aloísio Teixeira Pio, a família iniciou os testes com mudas de tomate enxertada e os resultados foram bons. “No início cultivávamos vários tipos de hortaliças, depois resolvemos optar pelo tomate, que nos últimos anos se transformou em um grande aliado para a melhoria da renda na propriedade”, conta José Leopoldino de Camargo, dono da propriedade apresentada.
Nilvair Camargo, filho de José Leopoldino, explica que nos primeiros 11 anos as hortaliças eram cultivadas a céu aberto, mas há dois anos a produção vem sendo conduzida em estufas, adquiridas através de financiamento pelo Banco da Amazônia. “Foi difícil no início, o investimento era alto, mas deu certo e está valendo à pena”, comenta Nilvair, lembrando que se não fosse a insistência e o acompanhamento técnico da Emater tudo seria mais difícil.
Custo para implantação de estufas varia de R$ 7 a mil a R$ 9 mils, mas apesar do investimento exigido, a família Camargo garante que o custo/beneficio é vantajoso. “A produtividade aumenta significativamente e o custo de produção do fruto diminui”, diz o pai. As quatro estufas existentes na propriedade abrigam 3.500 pés de tomates, 875 pés em cada uma.
Para o extensionista da Emater Aloísio Teixeira é possível fazer duas safras no ano, uma no final do período invernoso e outra no começo do verão. “E toda a produção é vendida”, diz. Aloísio Teixeira explica ainda que a cada mil pés de tomate a produção estimada é de 300 caixas, o que corresponde a quase duas mil caixas por safra. Cada caixa é comercializada a R$ 50,00 e, com o custo de produção torno de R$ 10,00 cada, o lucro é significativo para a família.
Mas não é só da produção de tomates que vivem os Camargo. A propriedade possui ainda, 0,6 hectares de lâmina d’água distribuídos em tanques de piscicultura. Um hectare de café clonal e 0,5 hectare de lavoura branca, onde realizam rotação de cultura com milho, feijão e cultivam tomate, pimentão e repolho no período de safra (seca). Todos que participaram do Dia de Campo tiveram a oportunidade de conhecer uma propriedade diversificada e uma alternativa de produção que representa mais de 50% da renda da família.
Além dos agricultores da região, estavam presentes no Dia de Campo o diretor-presidente da Emater-RO, Luiz Gomes Furtado, o diretor-vice-presidente, José de Arimateia da Silva, o diretor técnico e de planejamento, Márcio Milani, entre outros.
Fonte
Texto: Wania Ressutti
Fotos: Emater Rondônia
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