Sexta-feira, 15 de junho de 2012 - 18h05
Rio+20
Renata Giraldi e Carolina Gonçalves*
Agência Brasil
Rio de Janeiro – A presidenta Dilma Rousseff viaja no domingo (17) para Los Cabos, no México, onde ocorre a Cúpula do G20 – grupo que reúne as maiores economias mundiais – determinada a buscar um acordo geral referente às divergências, que restam para alinhavar o texto final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. No México, ela aproveita a oportunidade para apelar aos líderes políticos que não participarão da conferência no Rio de Janeiro para que cooperem com as negociações em curso.
Em Los Cabos, Dilma deve se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, além do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron. Obama, Merkel e Cameron são as principais ausências na Rio+20, cuja previsão é reunir 115 chefes de Estado e de Governo, de 20 a 22 de junho.
O secretário executivo da delegação do Brasil na Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, reiterou hoje (15) que a presidenta vai a Los Cabos com um relato completo sobre as negociações em curso no Rio de Janeiro. A ideia é apresentar aos líderes políticos um documento final com o mínimo de controvérsias, embora as divergências, neste momento, ainda dominem os debates.
“Os próprios líderes estrangeiros sabem a importância da conferência. Eles mesmos trazem o tema [da conferência, para as conversas com as autoridades brasileiras]”, disse o embaixador. “[A presidenta] vai levantar os pontos importantes da conferência. Ela viajará com uma informação completa do que está ocorrendo aqui.”
A partir de hoje à noite, o Brasil assume o comando das negociações. Pela frente, há uma série de desafios a enfrentar, como dirimir as controvérsias envolvendo os meios de implementação, que são as definições de metas para curto, médio e longo prazo; o que vai discriminar as ações para a governança global; o que vai definir as metas relativas ao desenvolvimento sustentável em si, como água e energia, além das propostas relativas à economia verde.
“O texto tem que harmonicamente progredir. Não é razoável que apenas parte do texto esteja limpo. [Mas] É natural que haja arrefecimento em certas áreas”, disse o secretário executivo da delegação brasileira.
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