Segunda-feira, 8 de setembro de 2008 - 12h41
CAMBRIDGE, Massachusetts - O e-jornal, uma grande e portátil tela que é constantemente atualizada com as últimas notícias, foi proposto pela ficção científica por anos. Ele também está nos sonhos dos editores de jornais que lutam contra o aumento dos custos da produção e distribuição, contra a queda na circulação e a diminuição na receita de publicidade dos produtos impressos.
Enquanto o dispositivo dos sonhos permanece no projeto, a Plastic Logic irá introduzir publicamente na segunda-feira sua versão do e-jornal: uma leve tela plástica que imita a escrita mas não a sensação de um jornal impresso.
O aparelho, que ainda não tem nome, utiliza a mesma tecnologia que o Sony eReader e o Kindle da Amazon.com, uma tela altamente legível em preto e branco desenvolvida pela E Ink Corp. Enquanto ambos os aparelhos têm como principal objetivo ser leitores de livros, o da Plastic Logic, que foi mostrado numa feira de tecnologia em San Diego, tem a tela duas vezes maior. Com o tamanho de parte de uma máquina copiadora, ele pode ser continuamente atualizado via conexão wireless, e pode armazenar e mostrar centenas de páginas de jornal, livros e documentos.
Richard Archuleta, presidente da Plastic Logic, disse que a tela é grande o suficiente para dar um aspecto de jornal. "Mesmo que a proposta fosse para documentos de empresas, todo mundo pede por jornal," disse Archuleta.
O leitor deverá às compras no primeiro semestre do próximo ano. A Plastic Logic não vai anunciar quais empresas de notícias irão disponibilizar seus artigos até a International Consumer Electronics Show em janeiro de 2009 em Las Vegas, quando irá revelar também o preço do aparelho.
Kenneth A. Bronfin, presidente da Hearst Interactive Media, disse que "estamos esperançosos de que possamos distribuir o conteúdo dos nossos jornais em aparelhos da próxima geração já no ano que vem." Ele não revelou qual aparelho a empresa deverá usar, mas disse que "estamos muito interessados nos e-jornal. Estamos ansiosos para nos envolvermos no projeto."
A Hearst Corp., detentora da Hearst Interactive Media, é dona de 16 jornais diários, incluindo o The Houston Chronicle, The San Antonio Express e The San Francisco Chronicle, e foi uma precoce investidora no E Ink. A companhia já distribui versões eletrônicas de alguns jornais na Amazon Kindle.
Os jornais analisaram a tecnologia de perto durante anos. O formato ideal, uma tela flexível que poderia ser enrolada ou dobrada como qualquer outro jornal, ainda está a anos de distância, diz a E Ink. Mas os já previstos monitores coloridos com imagens que se movimentam e propagandas interativas e que poder ser clicadas devem chegar em apenas alguns anos de acordo com Sriram K. Peruvemba, vice-presidente de marketing de E Ink.
A E Ink espera estar apta a criar nos próximos anos novas tecnologias que permitem aos usuários escreverem na tela e ver vídeos. Em uma demonstração recente na E Ink, a companhia mostrou protótipos de telas flexíveis que podem criar cores rudimentares e imagens animadas. "Em 2010, nós vamos produzir uma versão do monitor que poderá oferecer as cores do jornal," disse Peruvemba.
Economia
Se o jornal eletrônico decolar, as economias podem ser substanciais. No jornal The San Francisco Chronicle, por exemplo, a impressão e entrega de jornais são responsáveis por 65% das despesas fixas, disse Bronfin.
Como um dispositivo eletrônico, os jornais poderão determinar quem está lendo seus produtos, e ainda quais artigos estão sendo lendo. Os anunciantes podem ainda entender seu público e direcionar seus produtos para os prováveis consumidores
Apesar dessas questões de privacidade surgirem, "esse é um futuro que nós vamos explorar," disse Hans Brons, presidente da iRex Technologies em Eindhoven, na Holanda.
IRex comercializa o iLiad, um leitor eletrônico que pode ser usado para receber versões eletrônicas dos jornais Les Echos da França e da NRC Handelsblad da Holanda.
O iLiad, Kindle e eReader provam que a tecnologia funciona. A grande questão para as companhias de jornais é quanto as pessoas irão pagar pelo aparelho e pelo serviço de assinatura.
Por ERIC A. TAUB - - The New York Times
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