Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Mundo - Internacional

Embaixador nega clima de mal-estar com gov iraniano


Renata Giraldi
Agência Brasil

Brasília - O emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, negou à Agência Brasil que ocorra um clima de mal-estar nas relações entre os governos brasileiro e iraniano. Segundo ele, o diálogo entre as autoridades dos dois países é constante e indispensável, considerando o papel econômico do Irã – que controla o Estreito de Ormuz e mantém intenso comércio de petróleo e carvão.

“Não há mal-estar algum. Para entender o que ocorre no Irã é preciso compreender que no país há três forças políticas, uma exercida pelos religiosos e guardiães, outra pelo presidente da República e uma terceira pelo Parlamento. Não há no Irã apenas um porta-voz. São pelo menos três”, disse Melantonio Neto, que foi embaixador do Brasil em Teerã, capital iraniana.

Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, conversou com o embaixador do Brasil no Irã, Antonio Salgado, por cerca de uma hora, no Rio de Janeiro. Na reunião, Patriota quis saber de Salgado se havia no Irã críticas à política externa brasileira, conforme entrevista do porta-voz do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, Ali Akbar Javanfekr.

No encontro, Salgado negou que as relações entre o Brasil e o Irã estejam abaladas. Segundo Salgado, os contatos comerciais entre os dois países são intensos e tendem à ampliação. No dia 23, Ali Akbar Javanfekr, em entrevista à Folha de S. Paulo, fez críticas ao governo brasileiro. De acordo com ele, o governo não deu continuidade à política iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Porém, nos últimos dias, os porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores e do próprio Javanfekr desmentiram as críticas. De acordo com eles, as relações do Irã com o Brasil são positivas.

A exemplo de Melantonio Neto, o professor Murilo Sebe Bon Meihy, do Departamento de História da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, disse à Agência Brasil que é necessário compreender que a política externa iraniana é “complexa”, pois envolve três setores de Poder – o Executivo, o religioso e o Legislativo.

“No Irã, há uma composição de poderes. São pelo menos três forças que vivem uma espécie de competição. A declaração de um porta-voz não representa o todo. É preciso compreender essa complexidade”, alertou Meihy.
 

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Marcos Rocha faz discurso firme na COP29 e desafia o mundo a agir pela Amazônia: “Quem pagará para que a floresta fique em pé?”

Marcos Rocha faz discurso firme na COP29 e desafia o mundo a agir pela Amazônia: “Quem pagará para que a floresta fique em pé?”

O Governador de Rondônia, Marcos Rocha, protagonizou um dos momentos mais marcantes da COP29, realizada no Azerbaijão, ao unir palavras e imagens qu

Biolab reforça foco em inovação em participação na CPhI, evento farmacêutico global

Biolab reforça foco em inovação em participação na CPhI, evento farmacêutico global

Ponto de encontro ideal para ações de relacionamento e prospecção de parcerias, além de atualização das tendências do mercado farmacêutico, a CPhI r

Presidente da FIERO recebe visita do embaixador da Áustria no Brasil

Presidente da FIERO recebe visita do embaixador da Áustria no Brasil

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, recebeu na última quarta-feira (22), a visita do embaixador da

Gente de Opinião Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)