Segunda-feira, 14 de abril de 2008 - 16h24
Os comentários do presidente do Banco Mundial foram feitos na entrevista coletiva que marcou o encerramento da Reunião de Primavera do FMI e do Banco Mundial.
''Claramente, há um problema aqui. Nós temos biocombustíveis que se valem de alimentos na Europa e nos Estados Unidos. Muitas vezes, estes programas têm uma boa razão para exisitir, por questões de segurança energética'', afirmou.
Mas o chefe do Bird comparou o modelo brasileiro de produção de etanol com o americano, em especial, que segundo ele, pode ter um peso negativo diante da atual inflação de alimentos.
''Existe algumas incongruências quando você tem ao mesmo tempo subsídíos e tarifas, como nos Estados Unidos'', afirmou.
Subsídios e tarifas
O etanol americano é feito a base de milho e conta com fortes subsídios por parte do governo do país. Para entrar nos Estados Unidos, o etanol brasileiro enfrenta uma tarifa de US$ 0,54.
Analistas vêm criticando o etanol americano, sob o argumento de que ele estaria contribuindo para a alta do milho e, ao encarecer o cereal, contribuindo para aumentos de preços de produtos bovinos e suínos, já que o milho é usado em rações animais.
''Se estes países decidem adotar programas de biocombustíveis, quer por segurança energética ou por outros motivos, eles precisam olhar com atenção, quando temos chamados de emergência, como agora'', afirmou.
Para Zoellick, os combustíveis alternativos fazem parte do ''quebra-cabeças atual, pois estão ligados a uma série de temas, entre eles o desmatamento, o plantio de diferentes colheitas e a alta de preços de energia e de alimentos.
O presidente do Bird também elogiou a adoção do programa de etanol celulósico, que é produzido a partir de produtos não comestíveis, como sabugo de milho, lascas de madeira e grama.
Mantega
Os comentários de Zoellick pareceram endossar os feitos no discurso do ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante a reunião do Comitê de Desenvolvimento do FMI e do Banco Mundial sobre a transferência de recursos para países em desenvolvimento.
Segundo Mantega, ''biocombustíveis feitos a partir de cana-de-açúcar mostraram-se uma tecnologia promissora em muitos países em desenvolvimento. Eles devem receber apoio como uma fonte estratégica de energia limpa capaz de gerar benefícios ambientais, sociais e econômicos''.
O ministro também criticou a política americana de subsídios. ''As pesquisas atuais fortemente corroboram o argumento contrário aos mercados altamente protegidos e subsidiados de biocombustíveis dos países desenvolvidos''.
O impacto dos biocombustíveis sobre a produção de alimentos será um dos temas debatidos na 30ª Conferência Regional para a América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que terá início nesta segunda-feira, em Brasília.
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