Quarta-feira, 7 de dezembro de 2016 - 10h27
O papa Francisco afirmou que a Europa "precisa de um líder" e acusou o continente de "não levar a sério" a promessa feita após a Primeira Guerra Mundial de evitar novos conflitos.
"Aquela frase, 'guerra nunca mais', acredito que foi dita com sinceridade após a Primeira Guerra Mundial por Schuman, De Gasperi, Adenauer [líderes políticos europeus do século 20]. Mas, nos dias de hoje, faltam líderes. A Europa precisa de um líder, um líder que siga adiante", disse o pontífice. A declaração foi dada em entrevista à revista semanal católica belga Tertio, publicada por ocasião da conclusão do Jubileu e divulgada hoje (7) pela Santa Sé.
"A frase 'guerra nunca mais' nunca foi levada a sério, porque, depois da primeira, teve a segunda, e esta terceira que estamos vivendo, despedaçada. Estamos em guerra. O mundo está fazendo a terceira guerra mundial: Ucrânia, Oriente Médio, África, Iêmen... é muito grave", afirmou Francisco.
"Existe uma teoria econômica que não tentei comprovar, mas li em vários livros: que, na história da humanidade, quando um Estado via que seu orçamento não andava bem, fazia uma guerra e reequilibrava as próprias contas. É um modo mais fácil de produzir riqueza, mas o preço é muito alto: o sangue, disse o papa, ao falar sobre o centenário da primeira guerra mundial.
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