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Fifa confirma ter destinado US$ 10 milhões para o Caribe


Da Agência Lusa 

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) confirmou hoje (2) que destinou US$ 10 milhões (cerca de 9,1 milhões de euros), em 2007, por intermédio do comité organizador do Mundial 2010, na África do Sul, para um projeto de apoio ao desenvolvimento do futebol.

A Fifa explicou em comunicado que este projeto foi destinado aos países “da diáspora africana no Caribe” e que interferiu diretamente no repasse da verba, por meio do seu comitê de finanças, retirando qualquer responsabilidade do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke.

“Os US$ 10 milhões referem-se a um projeto de desenvolvimento do futebol no Caribe. Nem Jérôme Valcke nem qualquer outro alto responsável da Fifa estiveram envolvidos neste projeto”, ressaltou o organismo.

Esta versão confirma as palavras do presidente da federação da África do Sul, Danny Jordaan, diretor-executivo da candidatura sul-africana em 2008, que no domingo tinha dito que o dinheiro transferido a pela Fifa não era um suborno, mas sim um legítimo pagamento ao Fundo de Desenvolvimento do Futebol nas Caribe.

Segundo a edição de ontem (1º), do New York Times, Jérôme Valke fez transferências bancárias no valor de US$ 10 milhões para contas controladas por Jack Warner, um dos implicados no escândalo de corrupção na Fifa.

Jack Warner era o então vice-presidente da Fifa e presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), cargos dos quais foi suspenso em 2011 por suspeitas de corrupção do processo eleitoral que conduziria Joseph Blatter ao seu quarto mandato na presidência da Fifa.

O dirigente de Trindade e Tobago, uma das 15 pessoas que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusa de associação criminosa e corrupção, esteve detido por 24 horas após se apresentar voluntariamente na quarta-feira (27) nos serviços antifraude da polícia local e foi libertado mediante pagamento de fiança de cerca de US$ 400 mil dólares, aguardando decisão sobre o pedido de extradição feito pelas autoridades norte-americanas.

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da Fifa, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman, atual presidente da Concacaf, assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

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