Quinta-feira, 14 de maio de 2009 - 16h49
Anelise Infante - BBC Brasil
As filiais latino-americanas estão impedindo que algumas das grandes empresas espanholas tenham prejuízo. Os balanços do primeiro trimestre de 2009 indicam lucros abaixo do previsto, mas fechamentos positivos graças, principalmente ao mercado brasileiro.
A última a divulgar os resultados foi a Telefônica, que tem 40% do lucro total produzido na América Latina. A empresa foi a que mais ganhou na temporada por causa dos investimentos brasileiros.
A filial do Brasil empurrou os números da companhia espanhola para cima. Se no cômputo global a companhia cresceu 9,8% no trimestre (lucro de 1.690 bilhões de euros, ou cerca de R$ 5 bilhões), com aumento médio de 4% na Europa, no Brasil a elevação foi de 22,9%, com grande ajuda da Telemig, comprada parcialmente através da filial local Vivo no ano passado.
"O Brasil continua sendo uma aposta segura. É realmente o impulsionador do crescimento da Telefônica, apesar da grande concorrência", disse uma fonte da empresa à BBC Brasil. "O setor de telecomunicações se mantém em expansão, com elevado dinamismo tanto em telefonia celular como em banda larga, e estamos falando de um crescimento sólido."
O crescimento foi tão forte que o lucro da filial brasileira foi de 479 milhões de euros (aproximadamente R$ 1.4 bilhão) - o triplo do alcançado com as representações do México e Argentina e mais do que o dobro do resultado na Alemanha.
Santander
Outro grande investidor espanhol no Brasil, o Banco Santander, também está satisfeito com os resultados no país.
O banco obteve lucro de 436 milhões de euros (cerca de R$ 1,3 bilhão) no Brasil, 13% a menos do que no mesmo período do ano passado, mas ainda assim muito superior a outras filiais. Depois da brasileira, as subsidiárias mais lucrativas foram as da Grã-Bretanha, Chile e a México.
Os 2,096 bilhões de euros ganhos no trimestre significam uma queda de 5% comparados com 2008, dos quais 890 milhões foram produzidos na América Latina, região que o Santander considera que "está reagindo bem à crise (econômica mundial)".
"Em termos gerais e considerando os sistemas de maior peso na América Latina, estamos satisfeitos com os resultados", explicou à BBC Brasil o Conselheiro-Delegado do Santander, Alfredo Sáenz.
"A taxa de inadimplência do Grupo Santander está claramente abaixo da média de todos os mercados onde operamos. O setor está se ajustando e vamos com um enfoque estratégico mais seletivo, incidindo mais na vinculação do que na captação para consolidar nossa clientela."
"O Brasil segue na linha de dinâmica de crescimento. Em 31 de março, fechamos o balanço com 6.056 pontos de informação bancária, 28.063 caixas eletrônicos e a carteira de clientes passa dos 23 milhões. É uma ótima referência, ao contrário do México, que está mostrando uma grande desaceleração."
Energia
A companhia de energia elétrica Endesa, que participa na distribuição de energia no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás e Ceará, fechou o período com lucro líquido de 509 milhões de euros, 153 milhões a menos do que em 2008.
No Brasil, onde a participação ainda é pequena, o aumento foi o maior da região, com 3,6%, contra 2,9% no Chile e 2,3% no Peru.
A empresa alegou que o problema no mercado brasileiro foi a redução na produção de energia em Fortaleza, por causa da manutenção da usina termelétrica, e a falta de chuva em Goiás, que prejudicou o funcionamento da hidrelétrica de Cachoeira Dourada.
Também no setor de energia, a companhia espanhola Gás Natural, que tem no Brasil 57% do seu mercado latino-americano, lucrou 353 milhões de euros no total, 5% a mais que em 2008.
O lucro da filial brasileira aumentou em 3,8%. Colômbia e Brasil foram as únicas subsidiárias com números positivos. Na Argentina, por exemplo, houve queda de 40%.
No setor petrolífero, a espanhola Repsol foi afetada pela queda no preço do barril (55%, em média). Os resultados da empresa foram de 516 milhões de euros, 28% a menos do que no mesmo período de 2008.
A empresa tem uma parceria com a Petrobras no descobrimento e exploração de poços de petróleo brasileiros. A esperança é que as participações em 10 poços descobertos no Brasil, México e África ajudem a melhorar os resultados.
"Estamos falando de megacampos na baía de Santos, onde participamos com 25% do consórcio. É um alívio nesses momentos e um grande impulso agora que estamos modificando estratégias", disse à BBC Brasil o diretor de operações de Repsol, Miguel Martínez.
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