Terça-feira, 17 de novembro de 2015 - 12h01
A União Europeia (UE) apoiou, de forma unânime, o pedido de assistência militar feito pela França, na sequência dos atentados de Paris, anunciou hoje (17) a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
"Hoje, a UE, pela voz de todos os Estados-Membros, manifestou o maior apoio e disposição de dar a assistência pedida", afirmou Mogherini, em entrevista conjunta com o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian.
O presidente francês, François Hollande, recorreu nessa segunda-feira (16) ao Artigo 42-7 dos tratados europeus, que prevê uma cláusula de solidariedade em caso de agressão contra um país da UE. "É um artigo que nunca tinha sido usado na história da nossa União", disse Mogherini.
Os ministros da Defesa europeus, reunidos em Bruxelas para um conselho da UE, não chegaram a tomar uma decisão formal.
Esse "apoio unânime" é "um ato político de grande amplitude", destacou Jean-Yves Le Drian.
"Vai permitir, nas próximas horas, realizar os encontros bilaterais necessários" entre a França e cada um dos Estados-Membros da UE para definir exatamente a ajuda que cada um está disposto a dar concretamente aos franceses.
A França quer pedir apoio aos parceiros europeus na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico no Iraque e na Síria e uma participação militar acrescida dos Estados-Membros, nas operações em que o país está presente", explicou o ministro da Defesa, de acordo com declarações da comitiva francesa à agência AFP.
Paris não pede uma assistência militar de outros países no seu território, acrescentaram as mesmas fontes, mas "isso pode permitir concretizar a solidariedade testemunhada pela maioria dos parceiros europeus para intervir com mais força contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
As contribuições de outros Estados "podem ser com aviões de transporte, de abastecimento, armamentos", disseram, o que permite "partilhar o fardo militar", tendo em conta a intensificação das operações na Síria.
A França participa de várias operações de formação e apoio da UE na África, principalmente no Mali e na República Centro-Africana, e alguns países europeus poderiam assumir esse papel do Exército.
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