Brasília – Mesmo com a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) de suspender o embargo econômico, comercial e financeiro a Cuba, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Mark Toner, disse que o governo manterá a medida em vigor. Desde 1962, Cuba é submetida às restrições por parte dos Estados Unidos. Ontem (13), 188 países defenderam o fim do embargo, inclusive a delegação do Brasil.
"Nossa política continua em vigor. Nossa política está focada em criar melhores laços com o povo de Cuba", disse o porta-voz. “[O governo norte-americano] não vai mudar a política em relação ao país”.
A resolução da ONU, que recomenda o fim do embargo econômico, comercial e financeiro a Cuba, foi aprovada por 188 votos a favor, 3 contra ( Estados Unidos, Israel e a República de Palau) e 2 abstenções (Ilhas Marshall e Micronésia). Há 21 anos, a instituição condena a medida.
A resolução alerta também para a preocupação com os efeitos da manutenção do embargo na população cubana, que sofre restrições e uma série de prejuízos. Durante a sessão, representantes de vários países manifestaram-se. Recentemente, no Peru, a presidenta Dilma Rousseff criticou o embargo e defendeu o fim das restrições.
De acordo com estimativas de Cuba, o embargo imposto em fevereiro de 1962, tem causado prejuízos para a economia acima de US$ 1 trilhão, tanto econômicos quanto sociais.
*Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur.