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Gravidez adolescente subiu na Inglaterra, diz jornal



O número de adolescentes grávidas na Inglaterra voltou a subir, depois de anos de queda, de acordo com uma reportagem publicada neste sábado pelo jornal britânico The Daily Telegraph.

Estatísticas que devem ser divulgadas na próxima semana indicam que 40 em cada mil meninas (4%) com menos de 18 anos engravidam por ano na Inglaterra – e metade delas opta pelo aborto.

Os números "devem reforçar a posição da Inglaterra como capital da gravidez adolescente na Europa", segundo o Telegraph.

A proporção ainda é muito mais baixa que a registrada em países em desenvolvimento como o Brasil, onde segundo os últimos dados do IBGE, gira em torno dos 20%, mas o assunto preocupa o governo.


Programa milionário

As autoridades britânicas já lançaram um programa de 286 milhões de libras, equivalente a quase R$ 1 bilhão para combater o problema.

A ação tem o objetivo de reduzir pela metade a ocorrência de gravidez entre adolescentes no período entre 1998 e 2010 e inclui distribuição de camisinhas e pílulas do dia seguinte, além de promover educação sexual.

O assunto voltou a ser muito discutido na Grã-Bretanha recentemente, com o anúncio do nascimento de um bebê cujo pai tem apenas 12 anos, embora outros dois jovens afirmem poder ser os pais da criança.

A reportagem do Telegraph deste sábado afirma que nos últimos dez anos, o programa britânico parece ter funcionado, já que anualmente o número de adolescentes grávidas vinha caindo.


Estatística

No entanto, estatísticas oficiais publicadas no ano passado já apontavam para um agravemento do problema nos primeiros nove meses de 2007, em comparação com o ano anterior.

Os dados do ano inteiro, que devem ser divulgados na quarta-feira, mas aos quais o diário britânico já teve acesso, elevam o número de adolescentes grávidas de 38,8 em mil (2006) para 42,7 em mil (2007).

Um outro estudo citado pelo Telegraph, conduzido pela organização não-governamental YouthNet entre 2000 jovens com idades entre 16 e 24 anos, indica que quase todas são sexualmente ativas. As jovens que não o são, sentem-se pressionadas a perder a virgindade.

Um terço delas afirma ter mantido relações sexuais antes dos 16 anos, que marcam a maioridade sexual no país.

Fonte: BBC Brasil

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