Sábado, 2 de dezembro de 2017 - 11h48
Por Gustavo Palencia - Repórter da Agência Reuters
Honduras suspendeu o direito à livre circulação, na sexta-feira (1º), impondo um toque de recolher do anoitecer ao amanhecer, e dando ao exército e à polícia mais poderes, depois que confusões e protestos, motivados por uma eleição contestada, deixaram pelo menos uma pessoa morta.
Cinco dias depois do fechamento das urnas, nenhum claro vencedor emergiu da votação de domingo. O presidente Juan Orlando Hernández conseguiu uma pequena vantagem sobre seu adversário, mas milhares de votos contestados ainda podem mudar o resultado.
Pelo menos um manifestante morreu, mais de 20 pessoas foram feridas e mais de 100 foram presas, depois que líderes da oposição acusaram o governo de tentar roubar a eleição, manipulando a contagem de votos.
"A suspensão de garantias constitucionais foi aprovada para que as forças armadas e a polícia nacional conseguiam conter esta onda de violência que atingiu o país", disse Ebal Díaz, membro do conselho de ministros.
A preocupação internacional tem crescido em relação à crise eleitoral no país da América Central, que sofre com gangues violentas de traficantes e uma das maiores taxas de assassinatos no mundo.
Honduras é fonte de ondas de imigrantes pobres para os Estados Unidos e se localiza no meio de uma das maiores rotas de tráfico de cocaína do mundo.
O toque de recolher nacional será imposto durante 10 dias, começando na noite de sexta-feira, afirmou o ministro do governo Jorge Ramón Hernández, em um comunicado simultaneamente transmitido por emissoras de TV e rádio.
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