Terça-feira, 13 de abril de 2010 - 06h44
*Renata Giraldi
Enviada Especial
Teerã (Irã) – Os 86 empresários brasileiros que desembarcaram ontem (12) em Teerã transformaram o maior salão de um dos principais hotéis da capital iraniana em um grande balcão de negócios. Mesas viraram bancas de exposição de 13 setores produtivos do Brasil – desde alimentos à tecnologia de ponta – cujas amostras das mercadorias foram colocadas à disposição de cerca de 400 empresários iranianos.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou hoje (13) aos empresários iranianos que o Brasil quer ampliar seu mercado e escolheu o Irã. Ele lembrou os setores que podem ser explorados pelos dois países – o alimentício, de infraestrutura, tecnologia, etanol, medicamentos, materiais de informática, além de médico-hospitalar. Também destacou as afinidades existentes entre os dois povos.
O maior salão do Parnasian Esteghal Internacional Hotel virou por um dia um grande balcão de negócios. As empresárias brasileiras se vestiram à moda iraniana – com véus cobrindo os cabelos e roupas largas para esconder o corpo – e seguiram as orientações de não olhar para os olhos nem tocar os homens. De forma semelhante, reagiram os empresários. Ao negociar com as iranianas, os brasileiros mantiveram a distância e não olharam na direção das mulheres.
Para boa parte dos empresários, o mercado iraniano é considerado totalmente novo. Uma das dificuldades dos brasileiros é com a forma de pagamento das operações, uma vez que várias instituições bancárias não aceitam negociar com o Irã. Para fechar negócios, os comerciantes têm de fazer uma triangulação – utilizando um terceiro país para garantir os pagamentos das cartas e linhas de crédito.
Na tentativa de buscar soluções para o impasse foi criado um grupo, com representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A comissão pretende elaborar propostas concretas de aproximação econômica entre o Brasil e o Irã numa reunião que será realizada nos próximos dias em Teerã. A ideia é concluir as propostas antes da visita ao país do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 15 de maio. As reuniões e negociações foram acompanhadas por parte da imprensa iraniana – de televisão, rádio e agências de notícias.
Atualmente o Brasil vende para o Irã carne bovina e frango inteiro, além de milho, soja, sorgo, açúcar de cana e óleo de soja. Mas, desde 2009, houve um aumento de interesse também pelo etanol e pela construção civil. No ano passado, as exportações brasileiras para o Irã foram de US$ 1,2 bilhão.
Comparando com 2008, houve uma elevação de 7,5% nas relações comerciais entre os dois países no ano passado, quando as vendas externas totalizaram US$ 1,1 bilhão. As exportações para o mercado iraniano representaram 0,8% do total exportado pelo Brasil no período.
Do Irã, os empresários viajaram para o Egito e o Líbano, no Boeing 707 KC da Força Aérea Brasileira (FAB). Em geral, esse avião é utilizado para o transporte de tropas militares. A viagem vai durar uma semana e tem o objetivo de intensificar as relações bilaterais entre o Brasil e cada um destes países.
*A repórter e o fotógrafo viajaram a convite do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
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