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Latino-americanos reagem à denúncia de espionagem


Renata Giraldi
Agência Brasil

Brasília – Após a divulgação, nos últimos dias, de que agências norte-americanas espionaram cidadãos em vários países da América Latina, inclusive o Brasil, os governos do Equador, da Colômbia e do México exigiram explicações dos Estados Unidos. Pelas notícias publicadas na imprensa, houve agentes infiltrados também na Venezuela, Argentina, no Chile, Peru, Paraguai, Panamá, na Costa Rica, Nicarágua, em Honduras e El Salvador.

No Brasil, o embaixador norte-americano, Thomas Shannon, foi convocado a prestar esclarecimentos às autoridades. Ele conversou com os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Paulo Bernardo (Comunicações) e José Elito Siqueira (Gabinete de Segurança Institucional). Shannon prometeu colaborar com as autoridades e investigar as denúncias. Patriota disse que recebeu solidariedade da Argentina.

O vice-presidente do Equador, Jorge Glas, exigiu uma resposta efetiva do governo norte-americano. “Tem de haver transparência, respeitando as normas internacionais que protegem o direito à intimidade das telecomunicações que, evidentemente, foi atingido”, disse ele. “Isso é inaceitável e requer explicações e correções no mais alto nível.”

O Ministério das Relações Exteriores do México confirmou que foram pedidas informações ao governo dos Estados Unidos sobre as denúncias. Os mexicanos pediram aos norte-americanos um detalhamento sobre o monitoramento de 38 embaixadas e representações diplomáticas.

O governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, também pediu explicações formais. O embaixador norte-americano em Bogotá, Peter Michael McKinley, disse que seu país responderá pelos canais diplomáticos à Colômbia.

O Ministério das Relações Exteriores do Chile destacou que "procurará verificar a autenticidade" das informações e condenou "firme e categoricamente as práticas de espionagem". A presidenta da Costa Rica, Laura Chinchilla, defendeu um debate amplo sobre o tema e condenou as ações de monitoramento.

Na Venezuela, que ofereceu asilo político a Edward Snowden, consultor norte-americano que revelou as ações de espionagem, a ministra de Assuntos Penitenciários, Iris Varela, sugeriu o encerramento das contas no Facebook. A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, prometeu “forte pronunciamento” amanhã (12) na Cúpula do Mercosul.

*Com informações das agências públicas de notícias da Argentina, Telam e da Venezuela, AVN
 

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