Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Mundo - Internacional

Limite financeiro para assistência humanitária a haitianos


A situação dos haitianos que chegam ao Brasil usando o Acre como porta de entrada continua acontecendo na fronteira de Assis Brasil com Iñapari, no lado peruano. Embora o quadro atual seja diferente do apresentando em 2011, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão, anunciou nessa segunda-feira, 25, que o Estado chegou no limite financeiro para a assistência humanitária aos refugiados vindos do Haiti.

Os haitianos continuam chegando ao Brasil através de Iñapari, no Peru, fronteira com o município acreano de Assis Brasil. Dessa vez eles surgem em pequenos grupos de uma ou duas pessoas - diferentemente da situação registrada no ano passado, onde os grupos de refugiados eram bem maiores. Atualmente estão registrados cerca de 150 a 170 haitianos em Iñapari. Desses, 46 já receberam permissão para entrar no Brasil, com sua documentação colocada em ordem, e agora podem procurar emprego no país.

Ainda segundo Nilson Mourão, um grupo de empresários se dirige ao Acre para contratar esses haitianos. Porém, a prestação de ajuda humanitária por parte do governo do Estado chegou ao limite. “Não temos mais recursos da secretaria para manter essa assistência. Mesmo sendo uma questão do governo federal, o governo do Estado já gastou cerca de R$ 2 milhões em ajuda humanitária com os refugiados haitianos. A contrapartida do governo federal foi de R$ 360 mil, além de oito toneladas de alimentos.”

Para Nilson Mourão, a necessidade agora é intervir junto ao governo federal e conseguir mais recursos para a assistência humanitária. "Pessoas e disponibilidade para trabalhar nós temos, só nos faltam os recursos”, afirmou.
 

Os haitianos no Brasil
 

Gente de Opinião

Os haitianos continuam chegando ao Brasil através da cidade de Iñapari, no Peru, fronteira com o município acreano de Assis Brasil (Foto: Gleilson Miranda/Secom)


O terremoto de janeiro de 2010 no Haiti não é a principal causa da fuga de haitianos do país. No Haiti, 65% da população é jovem. Antes do terremoto havia de 20 a 25% de desempregados e metade da população vive com menos de um dólar por dia. Após o terremoto a situação ficou caótica, além dos surtos de doença e ausência de oportunidades de melhoria financeira.

Muitos haitianos compraram o sonho de que a mudança para o Brasil faria com que suas situações mudassem para melhor. Através de “coiotes”, eles juntaram todo o dinheiro possível e partiram em viagem, atravessando o Peru e chegando ao Acre, partindo então para outros destinos como Porto Velho, Manaus e São Paulo.

Fonte: Agência de Notícias do Acre / Samuel Bryan

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Marcos Rocha faz discurso firme na COP29 e desafia o mundo a agir pela Amazônia: “Quem pagará para que a floresta fique em pé?”

Marcos Rocha faz discurso firme na COP29 e desafia o mundo a agir pela Amazônia: “Quem pagará para que a floresta fique em pé?”

O Governador de Rondônia, Marcos Rocha, protagonizou um dos momentos mais marcantes da COP29, realizada no Azerbaijão, ao unir palavras e imagens qu

Biolab reforça foco em inovação em participação na CPhI, evento farmacêutico global

Biolab reforça foco em inovação em participação na CPhI, evento farmacêutico global

Ponto de encontro ideal para ações de relacionamento e prospecção de parcerias, além de atualização das tendências do mercado farmacêutico, a CPhI r

Presidente da FIERO recebe visita do embaixador da Áustria no Brasil

Presidente da FIERO recebe visita do embaixador da Áustria no Brasil

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, recebeu na última quarta-feira (22), a visita do embaixador da

Gente de Opinião Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)