O tráfego aéreo no Irã aumentou nesta terça-feira (6) com mais de uma centena de voos da companhia aérea Qatar Airways, que tiveram que desviar sua rota por causa da recente crise diplomática entre o Catar e quatro países árabes. A suspensão das relações diplomáticas do país com a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein teve como uma das consequências o fechamento do espaço aéreo destes países para aeronaves catarianas. A informação é da EFE.
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O diretor da Companhia de Aeroportos e Navegação Aérea do Irã, Rahmatola Mahabadi, explicou que o número médio de voos diários que cruzam o espaço aéreo iraniano era de 950 e que, a partir de hoje, esta cifra aumentou para entre 1.050 e 1.100.
Mahabadi indicou que alguns dos voos que tiveram que desviar suas rotas para o Irã para evitar sobrevoar a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein são aqueles com destino ao sul da Europa, à África e à Ásia.
Segundo o diretor, a criação de 15 mil quilômetros de rotas aéreas deu mais capacidade ao Irã e permite ao país "satisfazer as demandas internacionais".
O Egito também rompeu relações com Doha, mas não fechou seu espaço aéreo para a Qatar Airways, que anunciou ontem a suspensão dos seus voos os quatro países que romperam relações com o governo de Doha.
Arábia Saudita, Barein, Egito e Emirados Árabes Unidos acusaram o governo do Catar de apoiar o terrorismo e de ameaçar a estabilidade do Oriente Médio, o que, segundo Doha, são "calúnias". O governo iraniano pediu ontem "um diálogo transparente e franco" para solucionar a crise e ressaltou que esta divisão prejudica o Oriente Médio.