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Médico do governo indonésio pede internação de brasileiro condenado à morte



Danilo Macedo
Agência Brasil

O advogado do brasileiro Rodrigo Goulart, condenado a pena de morte na Indonésia por tráfico de drogas, apresentou no último dia 11, à Procuradoria-Geral em Jacarta, um laudo feito por médico indicado pelo governo daquele país confirmando quadro de esquizofrenia e recomendando a internação de Goulart em um hospital psiquiátrico. A informação foi confirmada pelo Itamaraty.

A família de Goulart e o próprio governo brasileiro vinham ressaltando há meses seu estado de saúde mental. Dentro do quadro de esquizofrenia, o brasileiro se recusava a sair da prisão para exames em um hospital. Caso o laudo seja reconhecido pelas autoridades indonésias, há esperança para o adiamento da execução do brasileiro, que embora não tenha data marcada, apresenta-se mais próxima na fila de execuções, depois da morte recente de Marco Archer.

Pela legislação penal indonésia, o condenado não pode ser executado se não estiver em suas faculdades mentais, pois precisa entender o motivo da penalidade. Nas últimas semanas, a família deu declarações informando que o brasileiro vive um mundo à parte, e não tem noção da gravidade de sua condenação, achando que não será executado.

Goulart foi preso em julho de 2004, no aeroporto de Jacarta. Seu destino final seria Bali, para onde levava pranchas de surfe com seis quilos de cocaína escondidos no interior da carga. Os amigos foram liberados. Ele chegou a passar por três aeroportos com a droga: em Johannesburgo, na África do Sul, em São Paulo e em Curitiba. Nascido em Foz do Iguaçu, no Paraná, Rodrigo Goulart já fora internado em clínicas para dependentes de drogas.

O governo da Indonésia já recusou os dois pedidos de clemência aos quais o brasileiro tinha direito. Além disso, o presidente indonésio, Joko Widodo, também recusou o pedido feito pela presidenta Dilma Rousseff para que ele e Marco Archer não fossem executados e cumprissem a pena no Brasil. Marco Archer foi executado por pelotão de fuzilamento no dia 17 de janeiro.

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