Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Mundo - Internacional

Negros do Suriname repelem presença de estrangeiros na exploração de garimpos



Com um território de apenas 163 mil quilômetros quadrados, um pouco maior do que o estado o Ceará, o Suriname é um país de cultura e etnia diversificadas. A população de 480 mil habitantes é formada por descendentes de europeus – principalmente holandeses, que foram os colonizadores- , negros, hindus, javaneses e latino-americanos que migram para região em busca da sua principal e mais rentável atividade: a exploração de garimpos.

A população do Suriname se considera privilegiada por causa de várias conquistas sociais, das influências dos holandeses na região e do vínculo mantido até hoje com o governo dos Países Baixos. Cerca de 90% dos habitantes têm o ensino fundamental concluído e dispõem de infraestrutura básica e água tratada.

No último dia 24, véspera de Natal, segundo relatos de testemunhas, o conflito entre os chamados “marrons” ou os quilombolas (mestiços de brancos com negros) teria sido provocado por demarcação de espaço. Os "marrons", descendentes de escravos (levados para lá nos séculos XVII e XVIII) vivem no interior do Suriname e exploram os garimpos e rechaçam os estrangeiros que tentam atuar nessa área.

Dos cerca de 15 mil brasileiros que estão no país vizinho, a maioria vive ilegalmente no Suriname e depende da exploração das minas, concorrendo com os chamados “marrons”. A disputa, aliada à suspeita de que um brasileiro seria o responsável pela morte de um quilombola, teria sido o estopim do ataque a um grupo de 200 garimpeiros - 80 teriam sido feridos, entre os quais 14 brasileiros, e sete, mortos.

A população do Suriname é na sua maioria cristã, mas há um percentual elevado de hindus e muçulmanos. Pelo menos 380 mil surinameses vivem no exterior, segundo dados recentes – a maioria nos Países Baixos.

O Suriname tem sétimo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da América do Sul, atrás de Argentina, Chile, Uruguai, Brasil, Venezuela e Colômbia. A expectativa de vida é de 73 anos. Os gastos públicos com saúde representam 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

Mas a economia do país é frágil e dependente da produção de bauxita, ouro e derivados de petróleo, que representam 85% das exportações e 25% do orçamento estatal. A mineração da bauxita representa aproximadamente 15% do PIB do país. É um país essencialmente importador de bens de consumo. 

Renata Giraldi/Agência Brasil

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Marcos Rocha faz discurso firme na COP29 e desafia o mundo a agir pela Amazônia: “Quem pagará para que a floresta fique em pé?”

Marcos Rocha faz discurso firme na COP29 e desafia o mundo a agir pela Amazônia: “Quem pagará para que a floresta fique em pé?”

O Governador de Rondônia, Marcos Rocha, protagonizou um dos momentos mais marcantes da COP29, realizada no Azerbaijão, ao unir palavras e imagens qu

Biolab reforça foco em inovação em participação na CPhI, evento farmacêutico global

Biolab reforça foco em inovação em participação na CPhI, evento farmacêutico global

Ponto de encontro ideal para ações de relacionamento e prospecção de parcerias, além de atualização das tendências do mercado farmacêutico, a CPhI r

Presidente da FIERO recebe visita do embaixador da Áustria no Brasil

Presidente da FIERO recebe visita do embaixador da Áustria no Brasil

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, recebeu na última quarta-feira (22), a visita do embaixador da

Gente de Opinião Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)