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Número de mortos no Nepal supera os 3,7 mil


Agência Lusa

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Destruição de prédios em Katmandu, após terremotoAbir Abdullah/EPA/Agência Lusa

O número oficial de mortos na sequência do forte terremoto que atingiu o Nepal, no sábado (25), supera os 3,7 mil, segundo novo balanço das autoridades locais. De acordo com o Ministério do Interior nepalês, o número oficial de mortos, neste momento, é de 3.723, mantendo-se sem alterações o balanço dos feridos: 6.535.

Fontes do Centro Nacional de Operações de Emergência informaram que já conseguiram identificar cerca de 1,3 mil mortos.

O terremoto de magnitude 7,8 na escala Richter teve o epicentro a cerca de 80 quilômetros da capital Katmandu. O abalo foi sentido em outros países, como Índia, Bangladesh e China, e provocou avalanches na Cordilheira do Himalaia. Fortes réplicas foram sentidas no domingo (26).

Montanhistas que estavam retidos há dois dias em zonas de alta altitude no monte Everest, no Himalaia, começaram a ser resgatados e transportados hoje (27) para o acampamento-base.

As avalanches provocadas pelo forte sismo mataram 18 pessoas na região. As equipes de resgate, apoiadas por três helicópteros, estão percorrendo os campos 1 e 2 do Everest, a montanha mais alta do mundo. Cerca de 150 montanhistas, a princípio sem ferimentos graves, estavam retidos por causa das placas de gelo e da neve que obstruíram os acessos terrestres da montanha.

“Deslocamos três helicópteros para transportar os montanhistas dos campos 1 e 2 para o acampamento-base”, disse o chefe do Departamento do Turismo, Tulsi Gautam. “Eles estão seguros, mas precisamos trazê-los para baixo porque parte da rota está danificada”, acrescentou.

A China, país que também sentiu o forte abalo, anunciou o cancelamento das escaladas de primavera na zona norte do monte Everest. Até o momento, mais de 400 montanhistas conseguiram descer em segurança pelo Tibete, informou a agência chinesa Xinhua.

As autoridades nepalesas trabalham na limpeza dos escombros na capital Katmandu, bem como na reabertura das estradas no vale central do país, a zona mais afetada pelo terramoto, o pior que atingiu o Nepal nos últimos 80 anos.

Outro trabalho em andamento é o de restabelecer o fornecimento de energia elétrica, até o momento já normalizado em 75% da área afetada, de acordo com fontes da companhia elétrica local. Os problemas de comunicação ainda persistem no país.

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Após terremoto, sobreviventes reviram os escombros em busca de sobreviventesAbir Abdullah/EPA/Agência Lusa

O governo nepalês pediu ajuda internacional para conseguir atender às necessidades da população e iniciar as operações de resgate.

Vários países enviaram ajuda e equipes especializadas. A comunidade internacional está se mobilizando para entregar toneladas de bens essenciais para a população do Nepal.

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