Quarta-feira, 18 de julho de 2012 - 07h22
Renata Giraldi*
Agência Brasil
Brasília - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) discute hoje (18), em Nova York, nos Estados Unidos, duas propostas de resoluções referentes à Síria. Uma delas, apresentada pelos britânicos, recomenda a adoção de novas sanções ao governo sírio. Mas os russos apresentaram um texto sugerindo apenas a manutenção de observadores externos no país, por mais três meses, e a exclusão de restrições aos sírios.
Nas últimas reuniões, as autoridades da Rússia bloquearam duas resoluções definindo condenações ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, devido aos massacres em Treimsa – nos quais mais de 150 civis foram mortos na semana passada pelas tropas e milícias que apoiam o governo. A Rússia, a China e o Irã são parceiros tradicionais da Síria. Exceto o Irã, esses países integram o grupo das nações com assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU.
Pelas normas do conselho, uma resolução deve receber o voto favorável de todos os integrantes permanentes no órgão, no caso a China, a França, a Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos. Se um deles se opuser à proposta, a medida não pode ser adotada. Também se manifestam nas discussões as autoridades dos dez países que ocupam assentos rotativos.
Até o final de 2012, estão nos asssentos provisórios do conselho: Azerbaijão, África do Sul, Colômbia, Marrocos, Togo, Alemanha, Paquistão, Guatemala e Portugal. Na tentativa de obter consenso entre os inegrantes do órgão em torno de uma solução para a crise na Síria, o emissário da ONU e da Liga Árabe ao país, Kofi Annan, conversou com vários líderes estrangeiros. Na Síria, a onda de violência se estende há 16 meses e matou mais de 16 mil pessoas.
O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que defende a destituição de Assad, reúne-se hoje com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. “[Espero que a conversa] abra novos horizontes sobre a questão, e novas sanções contra a Síria surgirão na ordem do dia”, disse o vice-primeiro-ministro da Turquia, Bulent Arinc.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Juliana Andrade
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