Terça-feira, 2 de julho de 2013 - 11h18
Renata Giraldi*
Agência Brasil
Brasília – O Relatório Econômico Social 2013, elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado hoje (2), alerta que o número de pessoas que vivem em situação de pobreza pode triplicar e atingir a marca de 3 bilhões até 2050. A entidade defende que intensifiquem as medidas fixadas nos Objetivos para o Desenvolvimento do Milênio, que incluem esforços para a melhoria dos serviços de saúde e ampliação da produção de alimentos.
O estudo diz ainda que há cerca de 1 bilhão de pessoas morando em bairros que não têm infraestrutura mínima: água potável, saneamento, eletricidade, serviços básicos de saúde e educação. A estimativa de atingir 3 bilhões, em 2050, deve acontecer caso não sejam adotadas medidas para a melhoria da qualidade de vida.
O secretário-geral adjunto do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Shamshad Ajtar, destacou que a chave para a erradicação da pobreza é "o desenvolvimento sustentável”. Ele acrescentou que “não é aceitável que a fome e a má nutrição, embora diminuindo nos países em desenvolvimento, permaneça persistentemente em tantos outros. É necessário promover um enfoque completo para alcançar as metas de desenvolvimento", disse.
Os técnicos responsáveis pelo relatório estimam que a produção de alimentos terá de aumentar cerca de 70%, em escala mundial, para garantir alimento às pessoas. A estimativa é que até 2050 a população atinja 9 bilhões de pessoas, das quais 6.2 milhões viverão em cidades.
Em 2005, foram fixados os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: a erradicação da extrema pobreza e da fome, reduzindo pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população com renda inferior a US$ 1 por dia e a proporção da população que sofre de fome; atingir o ensino básico universal; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; e reduzir a mortalidade infantil. Além dessas metas, também foram estabelecidas a melhoria da saúde materna; o combate ao HIV/aids, à malária e outras doenças; a garantia à sustentabilidade ambiental; e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
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