Sexta-feira, 9 de março de 2012 - 11h46
Renata Giraldi*
Agência Brasil
Brasília - O líder do principal grupo de oposição da Síria (Conselho Nacional Sírio), Burhan Ghalioun rejeitou hoje (9) o pedido do enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan, para que oposicionistas e o presidente Bashar Al Assad busquem o diálogo. Para Annan, essa é a alternativa para encerrar a onda de violência que domina o país há um ano.
Ghalioun disse que a proposta de dialogar com Assad é impossível. Segundo ele, a sugestão não pode ser atendida porque o presidente “está matando seu próprio povo”, o que, de acordo com o líder, é “algo decepcionante”.
Annan estará em Damasco, capital da Síria, em nome da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe (que reúne 22 nações) em busca de um acordo de paz na região. Ontem (8), ele defendeu uma altenativa política para o fim do impasse e rebateu a possibilidade de intervenção militar.
Há informações, não confirmadas oficialmente, que dois generais e um coronel sírios desertaram das Forças Armadas, leais a Assad, e foram para a oposição. Até o momento, a maior parte das deserções do Exército sírio havia ocorrido entre soldados. Ativistas dizem que as forças do governo recomeçaram a bombardear distritos ocupados pela oposição, em Homs – reduto da oposição.
*Com informações da BBC Brasil//Edição: Graça Adjuto
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