Quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016 - 10h48
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou hoje (10) um acordo com a União Europeia (UE) para combater o cibercrime e outras ameaças híbridas.
"Estamos também fazendo mais para lidar com desafios híbridos. Tenho o prazer de anunciar que, ainda hoje, a Otan e a União Europeia (UE) vão assinar um acordo técnico para aumentar a cooperação cibernética. As nossas equipes de resposta de emergência terão um quadro estruturado para trocarem informações e compartilharem as melhores práticas", disse o norueguês Jens Stoltenbrg, depois de recepcionar os 28 ministros de Defesa da Aliança Atlântica que estão em Bruxelas para a cúpula ministerial, que discute o combate ao Estado Islâmico e a crise de refugiados na Europa.
O responsável pela Aliança Atlântica elogiou o que disse ser um "exemplo concreto" de trabalho conjunto entre Otan e UE, na reunião que vai discutir a possibilidade de uma intervenção concreta da organização no combate aos exploradores de refugiados, especificamente no Mar Egeu, entre a Turquia e a Grécia.
"Esta noite, vamos nos reunir com a UE e com os nossos parceiros Austrália, Finlândia, Geórgia, Jordânia e Suécia. Vamos discutir como podemos tratar os desafios colocados na nossa vizinhança. Vamos ver como podemos apoiar os aliados na resposta à crise de migrantes e refugiados que vemos na Europa e no Oriente Médio, Síria e Turquia", continuou Stoltenberg, que não adiantou detalhes do acordo.
A Comissão Europeia já concordou que depende da Otan a adoção de qualquer medida de combate aos contrabandistas e traficantes de refugiados.
Stoltenberg voltou a falar sobre a necessidade de uma maior presença no Leste da Europa, dando sequência ao plano de "presença avançada com capacidade rápida de reforços", para que a Aliança Atlântica possa mostrar que "qualquer ataque a um aliado terá uma resposta forte de todos os aliados juntos".
O ministro da Defesa de Portugal, Azeredo Lopes, será um dos que estarão reunidos na capital belga, para uma série de encontros que culminará com a primeira reunião da coligação internacional que combate o grupo extremista Estado Islâmico, convocada pelo secretário de Estado da Defesa norte-americano, Ash Carter.
Atualmente, a coligação anti-EI tem 65 nações envolvidas direta ou indiretamente no combate ao grupo extremista, que ganhou terreno no Iraque, na Síria e, cada vez mais, na Líbia.
Ao todo, são 27 os membros que contribuíram com presença militar na campanha, que já dura uma no e meio. Os parceiros mais próximos aos Estados Unidos, que lideram as operações desde início, são Iraque, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e os países ocidentais França, Reino Unido, Canadá e Austrália.
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