Sábado, 26 de junho de 2010 - 17h44
Renata Giraldi
Agência Brasil
Toronto (Canadá) – Os países mais pobres vão receber até US$ 5 bilhões do G8 (grupo que reúne as nações mais industrializadas do mundo) para que desenvolvam programas direcionados à saúde de mulheres e crianças. Os governos da Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, Espanha e Suíça, além de algumas fundações privadas, comprometeram-se ainda a enviar mais US$ 2,3 bilhões.
Os objetivo são fortalecer políticas públicas em curso e outras que devem ser implementadas, estimular a formação de profissionais de saúde e ampliar as redes de atendimento. O foco são países da África, mas a ajuda pode ser estendida a países pobres de outros continentes. O G8 é composto por Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Itália, Japão e Rússia.
“É inaceitável a melhora lenta relativa da saúde materna, embora dados recentes indiquem a redução da mortalidade [materna]. Milhares de mulheres ainda perdem suas vidas todos os anos ou sofrem por danos provocados por causas relacionadas à gravidez e ao parto”, diz a declaração final do G8, divulgada hoje (26).
Segundo o grupo, cerca de 9 milhões de crianças morrem por ano no mundo, antes de completar cinco anos de idade. “Nosso compromisso coletivo será reforçado a partir do apoio aos sistemas nacionais de saúde nos países em desenvolvimento para que estabeleçam tratamentos de cuidados continuados de saúde, como pré-natal, depois a gravidez, o parto e o acompanhamento da infância”, diz a declaração.
De acordo com o documento final, a doação dos recursos será acompanhada por técnicos que irão verificar a execução dos programas. O projeto envolvendo o dinheiro dos países industrializados será liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio de um programa específico denominado Plano de Ação Conjunto para Melhorar a Saúde das Mulheres e Crianças no Prazo de 2010 a 2015.
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