Sábado, 21 de outubro de 2017 - 19h36
Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre concluiu suas atividades, na manhã deste sábado, no Vaticano, recebendo, na Sala Clementina cerca de 450 participantes no Encontro promovido pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, que está se realizando em Roma, desde o último dia 20, e se concluirá neste domingo (22/10).
Em seu discurso, o Papa partiu precisamente do tema do encontro “Catequese e pessoas portadoras de deficiência: atenção prestada pela Igreja na vida diária".
Trata-se, disse Francisco, de um tema de grande importância para a vida eclesial na sua obra de evangelização e formação cristã, sobre a qual comentou:
“É ainda muito forte, na mentalidade comum, certa atitude de rejeição desta condição humana, como se ela nos impedisse de sermos felizes e de nos realizarmos. Prova disso é a tendência ‘eugenética’ de eliminar os nascituros que apresentam qualquer imperfeição”.
Porém, ninguém é invulnerável, frisou o Papa, pois a vulnerabilidade faz parte da essência do homem. E aqui, perguntou: “Qual a resposta a ser dada a esta situação”? E respondeu:
“A resposta é o amor: não aquele falso, bajulador e piedoso, mas aquele verdadeiro, concreto e respeitoso. Na medida em que se é acolhido e amado, se desenvolve um percurso real da vida e de uma felicidade duradoura. Isto vale para todos, sobretudo para as pessoas mais frágeis”.
Neste sentido, recordou o Santo Padre, a fé é uma grande componente da vida, enquanto permite tocar com a mão a presença do Pai, que nunca deixa suas criaturas sozinhas, em nenhuma condição em que se encontre. E acrescentou:
“A Igreja não pode ser ‘áfona’ ou ‘desentoada’ na defesa e promoção das pessoas portadoras de deficiência. A sua proximidade às famílias as ajuda a superar a solidão, em que se encontram, por falta de atenção e apoio. Isto vale ainda mais pela responsabilidade que tem ao gerar e formar a vida cristã”.
Enfim, Francisco chamou a atenção, especialmente dos ministros de Cristo, para que não caiam no erro neopelagiano de não reconhecer a exigência da força da graça, que brota dos Sacramentos da iniciação cristã. E concluiu:
“Procuremos buscar e até inventar, com inteligência, instrumentos adequados, para que ninguém sinta falta do apoio da graça. Formemos, com o exemplo, catequistas capazes de acompanhar os portadores de deficiência, afim de que possam crescer na fé e na vida da Igreja. Ou melhor, que tais pessoas possam ser também catequistas, mediante seu testemunho”. (MT)
Fonte: rádio Vaticano
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