Sábado, 28 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Mundo - Internacional

Papa: o progresso científico e tecnológico é para o bem da humanidade


 

Gente de Opinião

Papa Francisco durante discurso à plenária do Pontifício Conselho para a Cultura

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado, na Sala do Consistório, 83 participantes na Plenária do Pontifício Conselho para a Cultura, que se realizou na Cúria dos Jesuítas, em Roma, deste a última quarta-feira (15/11), sobre o tema: “Futuro da humanidade: novos desafios para a antropologia”.

Gente de Opinião

Em seu discurso, o Papa frisou a importância deste tema, a questão antropológica, que propõe uma maior compreensão sobre as diretrizes futuras do desenvolvimento da ciência e da técnica.

Assim, Francisco aprofundou os três principais assuntos, discutidos pelos participantes na Plenária: “medicina e genética”; “neurociências” e “aparelhagens hospitalares”.

Explicando cada uma destas questões, o Papa disse que a “medicina e a genética” permitem olhar dentro da estrutura mais íntima do ser humano, a ponto até de modificá-la. Elas nos tornam capazes de debelar certas doenças, incuráveis até há pouco tempo; mas dão também a possibilidade de determinar ou programar algumas qualidades do ser humano.

Sobre as “neurociências”, Francisco disse que fornecem, sempre mais, informações sobre o funcionamento do cérebro humano. Por meio delas, as realidades fundamentais da antropologia cristã, - como a alma, a consciência de si e a liberdade, - aparecem agora sob uma luz inédita e podem até ser colocados, por alguns, em séria discussão.

Enfim, os incríveis progressos sobre as “aparelhagens autônomas e pensantes”, que, em parte, já se tornaram componentes da nossa vida quotidiana, nos fazem refletir sobre o que é especificamente humano e nos diferenciam das aparelhagens hospitalares.

Todos estes desenvolvimentos científicos e técnicos, ponderou o Papa, podem levar alguns a pensar que nos encontramos em um momento particular da história da humanidade, quase na aurora de uma nova era e do nascimento de um novo ser humano, superior ao que existiu até agora.

Na verdade, explicou o Papa, trata-se de grandes e graves interrogativos e questões que devemos enfrentar. Eles, em parte, foram antecipados pela literatura e por filmes de ficção científica, compostos de temores e expectativas dos homens. E acrescentou:

“Por isso, a Igreja, que segue com atenção as alegrias e as esperanças, as angústias e os medos dos homens do nosso tempo, pretende colocar a pessoa humana e as questões, que lhe são concernentes, ao centro das suas reflexões”.

Aqui, Francisco citou a frase do Salmo: “Quem é o homem mortal para que te lembres dele?” Trata-se de uma pergunta bíblica, desde as suas primeiras páginas, que acompanha todo o caminho do povo e da Igreja.

Este princípio fundamental, afirmou Francisco, influenciou, por séculos, o pensamento de grande parte da humanidade e, ainda hoje, mantém a sua validade. Mas, ao mesmo tempo, percebemos que os grandes princípios e os conceitos fundamentais da antropologia são, muitas vezes, colocados em discussão e exigem um maior aprofundamento. Como agir diante de tal desafio? E o Papa explicou:

“Antes de tudo, devemos expressar a nossa gratidão aos homens e mulheres do mundo da ciência pelos seus esforços e compromisso em favor da humanidade. A ciência e a tecnologia ajudaram-nos a aprofundar os confins do conhecimento da natureza e, sobretudo, do ser humano. É preciso superar a trágica divisão entre a cultura humana e a científica”.

A Igreja, por sua parte, recorda o Pontífice, oferece alguns grandes princípios para sustentar este diálogo: a centralidade da pessoa humana e a destinação universal dos bens, que engloba os princípios do conhecimento e da tecnologia. E constatou:

“O progresso científico e tecnológico serve para o bem de toda a humanidade e os seus benefícios não podem ser uma vantagem apenas para poucos. Assim, se deverá evitar que no futuro haja novas desigualdades, que aumentem o abismo entre ricos e pobres. Nem tudo o que é tecnicamente possível é eticamente aceitável”.

O Santo Padre concluiu seu discurso dizendo que a ciência, como qualquer outra atividade humana, sabe que tem que respeitar certos limites para o bem da humanidade e precisa de um senso de responsabilidade ética. A verdadeira medida do progresso é a que visa o bem de cada homem e de todos os homens. (MT)

Fonte:  rádio Vaticano

Gente de OpiniãoSábado, 28 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Marcos Rocha faz discurso firme na COP29 e desafia o mundo a agir pela Amazônia: “Quem pagará para que a floresta fique em pé?”

Marcos Rocha faz discurso firme na COP29 e desafia o mundo a agir pela Amazônia: “Quem pagará para que a floresta fique em pé?”

O Governador de Rondônia, Marcos Rocha, protagonizou um dos momentos mais marcantes da COP29, realizada no Azerbaijão, ao unir palavras e imagens qu

Biolab reforça foco em inovação em participação na CPhI, evento farmacêutico global

Biolab reforça foco em inovação em participação na CPhI, evento farmacêutico global

Ponto de encontro ideal para ações de relacionamento e prospecção de parcerias, além de atualização das tendências do mercado farmacêutico, a CPhI r

Presidente da FIERO recebe visita do embaixador da Áustria no Brasil

Presidente da FIERO recebe visita do embaixador da Áustria no Brasil

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, recebeu na última quarta-feira (22), a visita do embaixador da

Gente de Opinião Sábado, 28 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)