Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Mundo - Internacional

PETROBRAS será prestadora de serviço depois de acordo com governo boliviano


Henrique Gomes Batista e Janaína Figueiredo - Agência O Globo BRASÍLIA e BUENOS AIRES - A Petrobras fechou na noite deste sábado um novo acordo com a Bolívia sobre a exploração de petróleo e gás, e passará a atuar como prestadora de serviços no país vizinho, como queria o governo de Evo Morales. O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, comemorou o acordo firmado e disse que o acerto garante rentabilidade suficiente à Petrobras, além de assegurar o fornecimento de gás para o Brasil. A Petrobras aceitou o aumento dos impostos sobre a produção de 50% para 82%, mas, segundo Rondeau, há uma série de regras nessa conta que garantem a rentabilidade. - Temos garantido o fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos de gás da Bolívia por dia até 2019 - afirmou o ministro. - Fechamos um acordo que não implodiu pontes. Temos a oportunidade de continuar investindo na Bolívia. As portas não foram trancadas. Os dois lados cederam. A Petrobras nunca se opôs a ser uma prestadora de serviço, mas sempre lutou pela rentabilidade das operações e isso foi conseguido. A Petrobras já investiu mais de US$ 1 bilhão na Bolívia e explora os campos de San Antonio e San Alberto. Apesar de o Brasil precisar do gás boliviano, a Bolívia é altamente dependente do Brasil, pois escoa o combustível pelo gasoduto construído entre os dois países. Ao assinar um decreto presidencial, em 1º de maio, nacionalizando as reservas de gás e petróleo na Bolívia, Morales deu prazo até meia-noite deste sábado para as empresas estrangeiras assinarem os novos contratos. Na sexta-feira, Morales anunciou os dois primeiros acordos: com a francesa Total e a americana Vintage. Segundo assessores do ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, os contratos com as oito restantes, inclusive a Petrobras, seria assinado às 23h deste sábado na Bolívia (meia-noite no horário de Brasília). Rondeau salientou que ainda faltam acordos nas duas outras frentes negociadas entre Brasil e Bolívia. O acordo na área de refino - sobre a indenização à Petrobras, já que a YPFB assumiu o controle das refinarias da estatal brasileira - ainda não tem data para ser fechado. Sobre o preço do gás vendido ao Brasil, as negociações deverão ser concluídas até 10 de novembro. Fontes que acompanharam as negociações disseram que uma das razões que levaram a Petrobras a aceitar o acordo de exploração e não sair da Bolívia foi o temor de que a YPFB assumisse a exportação de gás e, sem capacidade operacional, comprometesse o fornecimento ao Brasil. Bolívia para a Petrobras: 'Não há governo fantoche' O ministro boliviano da Presidência, Juan Ramón Quintana, disse neste sábado mais cedo que deseja que a Petrobras compreenda que já não está "vivendo frente a governos fantoches", nem no "reino das anomalias" . - Oxalá que a Petrobras entenda, Oxalá que os executivos da Petrobras compreendam que não estão no reino das anomalias, que já não estão vivendo frente a governos fantoches, que não estão frente a governos que renunciaram o exercício de seu patrimônio, de seus recursos naturais - afirmou Quintana à rádio boliviana Erbol. Os novos contratos com seis companhias petroleiras, entre elas a Petrobras, adequam a operação das empresas à nova legislação boliviana que nacionalizou todas as reservas de petróleo e gás do país andino em 1º de maio. As discussões sobre os novos contratos começaram neste sábado nos escritórios da estatal boliviana YPFB com a participação de executivos da Petrobras, Repsol YPF, British Gas (BG) e Chaco, filial da britânica BP, segundo fontes oficiais. Os novos contratos, além de passar a propriedade do gás e petróleo para o governo, que define preços e quantidades a serem vendidas, dá à estatal boliviana YPFB a gestão e o controle dos recursos oriundos da comercialização dos hidrocarbonetos (petróleo e gás). A nova legislação determina ainda que 82% da receita de produção de petróleo e gás natural sejam do Estado e 18% para remunerar as empresas.

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Marcos Rocha faz discurso firme na COP29 e desafia o mundo a agir pela Amazônia: “Quem pagará para que a floresta fique em pé?”

Marcos Rocha faz discurso firme na COP29 e desafia o mundo a agir pela Amazônia: “Quem pagará para que a floresta fique em pé?”

O Governador de Rondônia, Marcos Rocha, protagonizou um dos momentos mais marcantes da COP29, realizada no Azerbaijão, ao unir palavras e imagens qu

Biolab reforça foco em inovação em participação na CPhI, evento farmacêutico global

Biolab reforça foco em inovação em participação na CPhI, evento farmacêutico global

Ponto de encontro ideal para ações de relacionamento e prospecção de parcerias, além de atualização das tendências do mercado farmacêutico, a CPhI r

Presidente da FIERO recebe visita do embaixador da Áustria no Brasil

Presidente da FIERO recebe visita do embaixador da Áustria no Brasil

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, recebeu na última quarta-feira (22), a visita do embaixador da

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)