Quinta-feira, 20 de março de 2014 - 12h50
Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (20) a Operação Monte Pollino, para desarticular uma organização criminosa especializada no envio de cocaína da América do Sul para a Europa. Além de Brasil e Itália, foram cumpridos, simultaneamente, mandados de prisão e de busca na Espanha, em Portugal, no Reino Unido, na Holanda, na Sérvia, em Montenegro e no Peru, com o apoio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e dos adidos da PF na Inglaterra, na Itália e na Espanha.
Cerca de 70 policiais federais participam da ação no Brasil. Doze pessoas foram presas, sendo dez no Brasil, uma na Espanha e uma na Itália. Oito acusados ainda estão foragidos no Brasil e no exterior.
Além dos presos hoje, outras seis pessoas foram detidas em flagrante, desde o início da investigação brasileira. Foram apreendidos 1,3 toneladas de cocaína e US$ 760 mil dólares. A 2ª Vara da Justiça Federal de Santos (SP), a pedido da PF, determinou o sequestro de imóveis e veículos pertencentes à organização criminosa, no valor de R$ 3 milhões.
A investigação começou em fevereiro de 2013, quando a Polícia Federal recebeu pedido de cooperação jurídica internacional, da Itália, que apontava a existência do esquema criminoso. Segundo a investigação, a organização criminosa brasileira adquiria a droga no Peru e na Bolívia e trazia para o Brasil. A droga era embarcada em navios de carga e enviada para diversos portos europeus.
O grupo, integrado por brasileiros, chilenos, bolivianos e europeus, estava baseado em Santos e executava todas as tarefas necessárias para a exportação da droga: desde sua aquisição, recepção no Brasil, acondicionamento e embarque em navios com destino à Europa, partindo principalmente do porto da cidade paulista.
Segundo a PF, a droga tem como destino principal a Itália. Os compradores pertencem à Máfia Ndrangheta, atuante na região da Calábria. A investigação italiana foi batizada de Operação Bongustaio e investiga os compradores da droga.
Os suspeitos serão indiciados e responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e financiamento da prática do tráfico transnacional, com penas que variam entre três anos e 30 anos de reclusão.
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