Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Mundo - Internacional

Pressão internacional sobre a Síria aumenta


Renata Giraldi e Daniel Mello
Agência Brasil

Brasília e São Paulo – Aumentou a pressão internacional sobre o governo do presidente da Síria, Bashar Al Assad, depois do atentado ocorrido ontem (18) em Damasco, capital do país, matando 26 pessoas, entre elas dois ministros. Mais de 200 pessoas, a maioria civis, também foram mortas ontem no país, devido a confrontos entre oposição e o Exército. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pode aprovar hoje (19) uma resolução determinando um plano de transição de poder no país.

O conselho adiou de ontem para hoje a reunião. Em discussão, também estão as propostas do Reino Unido, que conta com o apoio dos Estados Unidos e da Alemanha para ampliar as sanções à Síria, e da Rússia, que sugere a manutenção dos observadores externos no país.

Porém, o conselho não dispõe de consenso interno e sem acordo nenhuma dessas propostas pode ser aprovada. O órgão é formado por cinco membros permanentes, a China, a França, a Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos. Além disso, há dez rotativos: Azerbaijão, África do Sul, Colômbia, Marrocos, Togo, Alemanha, Paquistão, Guatemala, Índia e Portugal. Apenas os integrantes permamentes têm poder de veto.

O presidente da Comissão Independente sobre a Síria da Organização das Nações Unidas, Paulo Sérgio Pinheiro, reiterou ontem que a diplomacia é a única saída para resolver os conflitos no país. Pinheiro condenou a possibilidade de intervenção externa, como ocorreu na Líbia por meio da Organização do Tratado do Altântico Norte (Otan), e que é defendida por alguns líderes estrangeiros.

“Uma invasão estrangeira seria um desastre. A Síria não é como a Líbia, onde a oposição dominava uma certa parte do território. Tudo lá é intrincado”, disse Pinheiro. “A única solução imediata continua a ser o imediato cessar-fogo. Isso é o que vai propiciar o fim da violência.”

Para Pinheiro, o atentado com o homem-bomba ontem que matou os ministros sírios da Defesa, Dawood Rajha, e do Interior, Asif Shawkat, abre uma “brecha enorme”para a negociação de uma trégua. “Porque se torna mais premente manter a missão da ONU e porque a população não aguenta mais [o clima de violência]”, disse ele.

A crise na Síria começou em março de 2011, quando integrantes da oposição lideraram movimentos em defesa da renúncia de Assad, de abertura política e mais liberdade no país. Há 16 meses, o país está sob uma forte onda de violência que deixou mais de 16 mil mortos, inclusive crianças e mulheres.
 

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Marcos Rocha faz discurso firme na COP29 e desafia o mundo a agir pela Amazônia: “Quem pagará para que a floresta fique em pé?”

Marcos Rocha faz discurso firme na COP29 e desafia o mundo a agir pela Amazônia: “Quem pagará para que a floresta fique em pé?”

O Governador de Rondônia, Marcos Rocha, protagonizou um dos momentos mais marcantes da COP29, realizada no Azerbaijão, ao unir palavras e imagens qu

Biolab reforça foco em inovação em participação na CPhI, evento farmacêutico global

Biolab reforça foco em inovação em participação na CPhI, evento farmacêutico global

Ponto de encontro ideal para ações de relacionamento e prospecção de parcerias, além de atualização das tendências do mercado farmacêutico, a CPhI r

Presidente da FIERO recebe visita do embaixador da Áustria no Brasil

Presidente da FIERO recebe visita do embaixador da Áustria no Brasil

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, recebeu na última quarta-feira (22), a visita do embaixador da

Gente de Opinião Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)