O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, comparecerá na próxima terça-feira (13) perante o Comitê de Inteligência do Senado para responder ao testemunho do ex-diretor do FBI, James Comey, sobre a interferência russa nas eleições presidenciais americanas de 2016. As informações são da Agência EFE.
"À luz das informações que concernem ao recente testemunho de Comey perante o Seleto Comitê de Inteligência do Senado, é importante que tenha uma oportunidade de abordar esse assunto no foro apropriado", anunciou Sessions em comunicado.
O procurador já compareceria perante um subcomitê do Senado na terça-feira, mas os legisladores democratas anteciparam que aproveitariam a ocasião para lhe perguntar sobre seus contatos com o governo russo e sobre o seu papel na investigação da suposta interferência da Rússia.
"Previamente aceitei um convite para testemunhar em nome do Departamento de Justiça perante os subcomitês de Dotações da Câmara e o Senado sobre o orçamento do Departamento para 2018", explicou Sessions.
Saiba Mais
"Alguns membros expressaram publicamente a sua intenção de concentrar suas perguntas em assuntos relacionados à investigação da interferência russa nas eleições de 2016, da qual eu me recusei", acrescentou.
Sessions argumenta que o Comitê de Inteligência do Senado é o foro "mais apropriado" para "esse assunto", "já que esteve fazendo uma investigação e tem acesso a informações relevantes e classificadas".
Por isso, indica, está satisfeito em "aceitar o convite para comparecer perante os membros desse comitê em 13 de junho".
O vice-procurador-geral dos EUA, Rod Rosenstein, o substituirá em seu depoimento com os subcomitês de Dotações de ambas a câmaras.
Segundo a imprensa local, Comey disse ao Comitê de Inteligência do Senado em uma sessão a portas fechadas que Sessions pode ter tido uma terceira reunião - até agora desconhecida - com o embaixador russo nos EUA, Sergei Kislyak.
Sessions se defendeu na última quinta-feira do testemunho aberto de Comey e assegurou que se desligou da investigação russa "apenas" pela sua participação na campanha do agora presidente, Donald Trump.
Assim, o Departamento de Justiça contradisse em um comunicado a versão dada por Comey, que sugeriu que Sessions deixou a investigação russa em 2 de março devido à sua participação em uma série de fatos, que por serem sigilosos, não revelou perante o público.